Guerra de Canudos
Aniversário do fim do Movimento de Canudos
05/10/1897 – 05/10/2014
117 anos
Data 7
de novembro de 1896 - 5 de outubro de 1897
Local Interior do sertão baiano
Desfecho: Vitória
das tropas federais e destruição total da cidade de Canudos
Comandantes
CANUDOS
Antônio Conselheiro
João Abade
Pajeú
Joaquim Macambira
Pedrão .
EXÉRCITO
Virgílio Pereira de
Almeida
Manoel da Silva
Pires Ferreira
Febrônio de Brito
Antônio Moreira
César
Artur Oscar
Forças
25 000 (estimado)12
000
Baixas
20 000 (estimado)5
000 (estimado)
Guerra
de Canudos, ou Campanha de Canudos, foi o confronto entre o Exército Brasileiro
e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio religioso liderado por
Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, então na comunidade de Canudos,
no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.
A
região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas
cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise de açogueiros. Milhares de sertanejos e
ex-escravos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio
Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes
habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.
Os
grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de
pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas
providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores
de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital
para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.
Apesar
de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para
Canudos.
Três
expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião
pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre
de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares
tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola
de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.
Antônio
Vicente Mendes Maciel, apelidado de "Antônio Conselheiro", nascido em
Quixeramobim (CE) em 13 de março de 1830, de tradicional família que vivia nos
sertões entre Quixeramobim e Boa Viagem, fora comerciante, professor e advogado
prático nos sertões de Ipu e Sobral. Após a sua esposa tê-lo abandonado em
favor de um sargento da força pública, passou a vagar pelos sertões em uma
andança de vinte e cinco anos. Chegou a Canudos em 1893, tornando-se líder do
arraial e atraindo milhares de pessoas. Acreditava que a República,
recém-implantada no país, era a materialização do reino do Anti-Cristo na
Terra, uma vez que o governo eleito seria uma profanação da autoridade da
Igreja Católica para legitimar os governantes. A cobrança de impostos efetuada
de forma violenta, a celebração do casamento civil e a separação entre Igreja e
Estado eram provas cabais da proximidade do "fim do mundo".
Caricatura
na Revista Ilustrada, retratando Antônio Conselheiro, com um séquito de bufões
armados com antigos bacamartes, tentando "barrar" a República.
Canudos
era uma pequena aldeia que surgiu durante o século XVIII nos arredores da
Fazenda Canudos, às margens do rio Vaza-Barris. Com a chegada de Antônio
Conselheiro em 1893 passou a crescer vertiginosamente, em poucos anos chegando
a contar por volta de 25 000 habitantes. Antônio Conselheiro rebatizou o local
de Belo Monte, apesar de estar situado num vale, entre colinas.
A
imprensa, o clero e os latifundiários da região incomodaram-se com a nova
cidade independente e com a constante migração de pessoas e valores para aquele
novo local. Aos poucos, construiu-se uma imagem de Antônio Conselheiro como
"perigoso monarquista" a serviço de potências estrangeiras, querendo
restaurar no país a forma de governo monárquica. Difundida através da imprensa,
esta imagem manipulada ganhou o apoio da opinião pública do país para
justificar a guerra movida contra os
O
governo da República recém-instaurada precisava de dinheiro para materializar
seus planos, e só se fazia presente no Sertão pela cobrança de impostos. A
escravidão havia acabado poucos anos antes no país, e pelas estradas e sertões,
grupos de ex-escravos vagavam, excluídos do acesso à terra e com reduzidas
oportunidades de trabalho. Assim como os caboclos sertanejos, essa gente paupérrima
agrupou-se em torno do discurso do peregrino Antônio Conselheiro, acreditando
que ele poderia libertá-los da situação de extrema pobreza ou garantir-lhes a
salvação eterna na outra vida.
“Apareceu
no sertão do Norte um indivíduo, que se diz chamar Antônio Conselheiro e que
exerce grande influência no espírito das classes populares. Deixou crescer a
barba e os cabelos, veste uma túnica de algodão e alimenta-se tenuemente, sendo
quase uma múmia. Acompanhado de duas professas, vive a rezar terços e ladainhas
e a pregar e dar conselhos às multidões, que reúne onde lhes permitem os
párocos.”
O
estopim e a primeira expedição
Outubro
de 1896 – Ocorre o episódio que desencadeia a Guerra de Canudos. Antônio
Conselheiro havia encomendado uma remessa de madeira, vinda de Juazeiro, para a
construção da igreja nova, mas a madeira não foi entregue, apesar de ter sido
paga. Surgem então rumores de que os conselheiristas viriam buscar a madeira à
força, o que leva as autoridades de Juazeiro a enviar um pedido de assistência
ao governo estadual baiano, que manda um destacamento policial de cem praças,
sob comando do Tenente Manuel da Silva Pires Ferreira. Após vários dias de
espera em Juazeiro, vendo que o rumor era falso, o destacamento policial decide
partir em direção à Canudos, em 24 de novembro. Mas a tropa é surpreendida
durante a madrugada em Uauá pelos seguidores de Antônio Conselheiro, que
estavam sob o comando de Pajeú e João Abade. Vinham como quem vinha para reza,
ou para a guerra. Foram recebidos a bala pelos sentinelas semi-adormecidos e
surpresos. Era a guerra. Manoel Neto assim descreve: "Estabelecia-se,
sangrento, o 1º fogo previsto pelo Conselheiro, e a pacata Uauá transformava-se
em violento território de combate. O próprio Tenente Pires Ferreira descreve o
ataque destacando a "incrível ferocidade" dos assaltantes e a forma
pouco convencional como organizavam suas manobras, isto é, usando apitos. A
celeridade e a rapidez com que a luta se deu propiciou vantagem inicial aos
conselheiristas. Adentraram ao arraial onde ocuparam algumas casas. A lógica,
entretanto, prevaleceu. Armados e municiados com equipamentos mais modernos e
letais, os soldados do 9º Batalhão de Infantaria impuseram pesadas baixas as
forças belomontenses. A crueza do combate foi inegável, sendo que o uso de
armas como "facões de folha-larga, chuços de vaqueiro, ferrões ou guiadas
de três metros de comprimentos, foices, varapaus e forquilhas, sob o comando de
Quinquim Coiam" utilizados em lutas de corpo a corpo produziam cenas
dantescas. Foram entre 4 e 5 horas de pânico, sangue, horror e gestos de
bravura e pânico. Contabilizadas as baixas de ambas facções, os números
determinava a vitória militar das tropas governamentais. No relatório oficial,
Pires Ferreira informa que pereceram na batalha, dentre as hostes
conselheiristas "cento e cinqüenta, fora os feridos". Passadas várias
horas de combate, os canudenses, comandados por João Abade, resolveram se
retirar, deixando para trás um quadro desolador.
Apesar
da aparente vitória, a expedição estava derrotada, pois não tinha mais forças
nem coragem para atacar Canudos. Naquela mesma tarde, saqueou e incendiou Uauá
e retornou para Juazeiro, com o saldo de 10 mortos (um oficial, sete soldados e
os dois guias) e 17 feridos.
Estas
perdas, embora consideradas "insignificantes quanto ao número" nas
palavras do comandante, ocasionaram a retirada das tropas.
A
segunda expedição Janeiro de 1897 - Enquanto aguardavam uma nova investida do
governo, os jagunços fortificavam os acessos ao arraial. Comandada pelo major
Febrônio de Brito, depois de atravessar a serra do Cambaio, uma segunda
expedição militar contra Canudos foi atacada no dia 18 e repelida com pesadas
baixas pelos conselheiristas, que se abasteciam com as armas abandonadas ou
tomadas à tropa. Os sertanejos mostravam grande coragem e habilidade militar,
enquanto Antônio Conselheiro ocupava-se da esfera civil e religiosa.
A
terceira expedição
Março
de 1897 - Na capital do país, diante das perdas e a pressão de políticos
florianistas que viam em Canudos um perigoso foco monarquista, o governo
federal assumiu a repressão, preparando a primeira expedição regular, cujo
comando confiou ao coronel Antônio Moreira César, considerado pelos militares
um herói do exército brasileiro, e popularmente conhecido como
"corta-cabeças" por ter mandado executar mais de cem pessoas a sangue
frio na repressão à Revolução Federalista em Santa Catarina. A notícia da
chegada de tropas militares à região atraiu para lá grande número de pessoas,
que partiam de várias áreas do Nordeste e iam em defesa do "homem
Santo". Em 2 de março, depois de ter sofrido pesadas baixas, causadas pela
guerra de guerrilhas na travessia das serras, a força, que inicialmente se
compunha de 1.300 homens, assaltou o arraial. Moreira César foi morto em
combate, tendo o comando sido passado para o coronel Pedro Nunes Batista
Ferreira Tamarindo, que também tombou no mesmo dia. Abalada, a expedição foi
obrigada a retroceder. Entre os chefes militares sertanejos destacaram-se
Pajeú, Pedrão, que depois comandou os conselheiristas na travessia de Cocorobó,
Joaquim Macambira e João Abade, braço direito de Antônio Conselheiro, que
comandou os jagunços em Uauá.
A
quarta expedição
General
Arthur Oscar.
Abril
de 1897 - No Rio de Janeiro, a repercussão da derrota foi enorme,
principalmente porque se atribuía ao Conselheiro a intenção de restaurar a
monarquia. Jornais monarquistas foram empastelados e Gentil José de Castro,
gerente de dois deles, assassinado. Em abril de 1897, o ministro da Guerra,
marechal Carlos Machado Bittencourt preparou uma expedição, sob o comando do
general Artur Oscar de Andrade Guimarães, composta de duas colunas, comandadas
pelos generais João da Silva Barbosa e Cláudio do Amaral Savaget, ambas com
mais de quatro mil soldados equipados com as mais modernas armas da época.
Junho de 1897 - O
primeiro combate verificou-se em Cocorobó, em 25 de junho, com a coluna
Savaget. No dia 27, depois de sofrerem perdas consideráveis, os atacantes
chegaram a Canudos. Durante os primeiros meses, as tropas conseguem pouco
resultado. Os sertanejos estão bem armados com armas abandonadas pela expedição
anterior, e o exército não tem a infra-estrutura necessária para alimentar suas
tropas, que passam fome.
Agosto
de 1897 - O próprio ministro da Guerra, marechal Carlos Machado Bittencourt,
seguiu para o sertão baiano e se instalou em Monte Santo, com o intuito de
colocar um fim ao caos em que estava o abastecimento das tropas. Monte Santo se
torna base das operações.
Setembro
de 1897 - Após várias batalhas, a tropa conseguiu fechar o cerco sobre o
arraial. Antônio Conselheiro morreu em 22 de setembro, supostamente em
decorrência de uma disenteria. Após receber promessas de que a República lhes
garantiria a vida, uma parte da população sobrevivente se rendeu com bandeira
branca, enquanto um último reduto resistia na praça central do povoado. Apesar
das promessas, todos os homens presos, e também grupos de mulheres e crianças
acabaram sendo degolados - uma execução sumária que se apelidou de
"gravata vermelha".6 Com isto, a Guerra de Canudos acabou se
constituindo num dos maiores crimes já praticados em território brasileiro.
Outubro
de 1897 - O arraial resistiu até 5 de outubro de 1897, quando morreram os
quatro derradeiros defensores. O cadáver de Antônio Conselheiro foi exumado e
sua cabeça decepada a faca. No dia 6, quando o arraial foi arrasado e incendiado,
o Exército registrou ter contado 5.200 casebres.
Resultado
O
conflito de Canudos mobilizou aproximadamente doze mil soldados oriundos de
dezessete estados brasileiros, distribuídos em quatro expedições militares. Em
1897, na quarta incursão, os militares incendiaram o arraial, mataram grande
parte da população e degolaram centenas de prisioneiros. Estima-se que morreram
ao todo por volta de 25 mil pessoas, culminando com a destruição total da
povoação.
Antônio
Conselheiro morto, em sua única foto conhecida, tirada por Flávio de Barros no
dia 6 de outubro de 1897.
Logo
após o final da guerra, foram publicadas uma série de obras escritas por
testemunhas oculares - militares, jornalistas e médicos. Entre outros (em ordem
cronológica):
Canudos,
história em versos, 1898, do poeta Manuel Pedro das Dores Bombinho, que participou
como militar da Quarta Expedição contra o arraial.
Descrição de uma
Viagem a Canudos, 1899, de Alvim Martins Horcades, estudante de medicina a
serviço do Exército, que descreve suas experiências no campo de batalha e
denuncia a degola em massa dos presos - velhos, mulheres e crianças. Libelo
republicano, acompanhado de comentários sobre a campanha de Canudos, publicado
em 1899 por Wolsey (pseudônimo de César Zama), Bahia: Typ. e Encadernação do
“Diário da Bahia”, 1899.
O Rei dos Jagunços,
1899, de Manoel Benício, correspondente de guerra do Jornal do Commercio - um
livro de semi-ficção sobre os acontecimentos de Canudos e costumes sertanejos. A
Guerra de Canudos, 1902, do tenente Henrique Duque-Estrada de Macedo Soares,
militar na a última expedição contra Canudos.11
Os Sertões, 1902, de
Euclides da Cunha, que passou três semanas no local do conflito como
correspondente do jornal O Estado de São Paulo - um livro no qual procurou
vingar os mortos no massacre: "Aquela campanha lembra um refluxo para o passado.
E foi, na significação integral da palavra, um crime. Denunciemo-lo".
Os Sertões de
Euclides da Cunha acabou por tornar-se um dos mais importantes marcos da
literatura brasileira, e como tal inspirou uma série de obras baseadas no
conflito de Canudos, escritas no mundo todo. Os mais conhecidos são A Brazilian
Mystic (Um Místico Brasileiro), 1919, do britânico R. B. Cunninghame Graham;12
Le Mage du Sertão (O Mago do Sertão), 1952, do sociólogo belga Lucien
Marchal;13 Veredicto em Canudos, 1970, do húngaro Sándor Márai; A Primeira
Veste, 1975, do escritor geórgio Guram Dochanashvili; e A Guerra do Fim do
Mundo, 1980, do escritor peruano Mario Vargas Llosa.
Cinema
Guerra
de Canudos. Longa-metragem de ficção de Sérgio Rezende, com José Wilker,
Cláudia Abreu, Paulo Betti, e Marieta Severo. Brasil, 1997.15
Sobreviventes - Os
Filhos da Guerra de Canudos. Documentário de Paulo Fontenelle. Produzido por
Canal Imaginário, 2004/2005.16
Canudos.
Documentário de Ipojuca Pontes, com Walmor Chagas, Brasil, 1978.17
Os Sete Sacramentos
de Canudos (Die Sieben Sakramente von Canudos). Filme produzido por Peter
Przygodda para a ZDF Alemã, com participação dos diretores brasileiros Joel de
Almeida, Jorge Furtado, Otto Guerra, Luís Alberto Pereira, Pola Ribeiro, Ralf
Tambke e Sandra Werneck, 1996.
Imagem do filme
"A Matadeira" de Jorge Furtado, referindo ao canhão Withworth 32
usado na última expedição militar contra Canudos.
Teatro
O
Teatro Oficina de São Paulo realiza adaptação teatral da saga sertaneja,
iniciada em 2001, com 25 horas de encenação. É apresentada em 3 partes: a
Terra, o Homem (I e II) e a Luta (I e II). A peça foi também apresentada no Festival
de Teatro de Recklinghausen, na Alemanha, e na Volksbühne de Berlim.
Outra importante
adaptação da Guerra de Canudos teve o nome de O Evangelho Segundo Zebedeu,
texto de César Vieira (pseudônimo de Idibal Piveta), realizada em 1971 pelo
Teatro União e Olho Vivo de São Paulo.
Bibliografia
Edmundo
Moniz. Canudos A Luta Pela Terra. Ed. Gaia / Global, 2001.
Edmundo Moniz. A
Guerra Social de Canudos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. Rio de
Janeiro: Elo, 1987.
Referências
CALASANS, José. No
Tempo de Antônio Conselheiro. Salvador, Livraria Progresso Editora, 1959.
A b GALVÃO, Walnice
Nogueira. No Calor da Hora - a guerra de Canudos nos jornais. São Paulo,
Editora Ática, 1977
ARINOS, Afonso. Os
Jagunços.
PIRES FERREIRA,
Manuel da Silva. Relatório do Tenente Pires Ferreira, comandante da 1a
Expedição contra Canudos. Quartel da Palma, 10 de dezembro de 1896.
J. da Costa
Palmeira. A Campanha do Conselheiro - 1ª edição: Rio de Janeiro, Calvino, 1934,
212 p., il.
A b HORCADES, Alvim
Martins. Descrição de uma viagem a Canudos. Salvador: EDUFBA. 2a. edição 1996
Arinos de Belém.
História de Antônio Conselheiro - Campanha de Canudos. Belém, Casa Editora de
Francisco Lopes, 1940.
CUNHA, Euclides. Os
Sertões - Campanha de Canudos. 1ª edição: Rio de Janeiro, Laemmert, 1902.
BOMBINHO, Manuel das
Dores. Canudos, história em versos. São Paulo: Hedra, Imprensa Oficial do
Estado e Editora da Universidade Federal de São Carlos, 2a. edição, 2002
BENÍCIO, Manoel. O
Rei dos Jagunços. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas. 2a. edição,
1997
MACEDO SOARES,
Henrique Duque-Estrada de. A Guerra de Canudos.Rio de Janeiro: Typ. Altiva,
1902
CUNNINGHAME GRAHAM, R. B. A Brazilian Mystic. Dial Press, 1919.
MARCHAL, Lucien. Le
Mage du Sertão. Paris, 1952
LLOSA, Mario Vargas.
La guerra del fin del mundo. Barcelona: Seix Barral, 1981
A Guerra de Canudos
- página do filme no IMDb.
Sobreviventes -
Canal Imaginário, página do filme.
Os Sete Sacramentos
de Canudos - página do filme no IMDb.
Pesquisa feita na Wikipédia,
a enciclopédia livre.
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