domingo, 27 de outubro de 2013

O CONQUISTADOR




O CONQUISTADOR*


João Henriques da Silva
(In Memoriam 20/09/1901 – 16/04/2003)

                A cidade inteira sabia da fama de Polidoro, o conquistador. Grandalhão, rico e metido a valente. E ainda tinha o topete de andar comentando suas mais recentes conquistas. Ao certo não se sabia se eram verdadeiras ou se eram gabolice. O fato é que Polidoro era uma espécie de terror; e os pais de família e os maridos viviam de olho nele. Mesmo assim não se dava por achado. Até o padre da freguesia andava assustado e prevenido. Tinha em sua companhia, a irmã moça, um pedação de mulher que poderia cair nas armadilhas de Polidoro. Prometer-lhe casamento, enganar a moça e depois deixá-la ao léu.
                - Olha, Mariana, não queiras conversas com o Polidoro. É ricão, mas é um péssimo elemento. Segundo dizem, tem desvirtuado várias moças de família e fica por isto mesmo. Tenha medo do bicho. Previna-se. Seria horrível o teu nome envolvido nas cretinices daquele canalha. Mesmo que não seja verdade o que ele diz, não será fácil desfazer uma calúnia e o safadório é useiro e vezeiro nisto. Nem olhar para ele.
 Sagaz como era não abusava de menores.
 E só havia um meio, era fazê-lo desaparecer misteriosamente. Mas ninguém se atrevia a isto. Falavam a boca pequena e ia ficando nisto. Bastava à cara enferrujada de Polidoro, para meter medo. Junte-se a isto, o físico exagerado e a bazófia de brutamontes.
Na realidade, muita coisa era apenas gabolice para se engrandecer. Quando passava por uma rua já se temia que estaria tramando um assalto à honra alheia.
Pedro Jacinto, reclamava sempre que havia falta de homem na cidade. - Tamanho não era documento!
- Tenho duas filhas, mas Deus queira que não surjam boatos sobre elas.
Polidoro soube da conversa e comentou:
 - Nunca tive nada com aquelas duas gaiatas e aquele porroia anda a falar besteiras. Aquilo eu achato com duas tapas. Pois agora ele vai ver. Vou passar o garfo nas duas e ele não me vai achar ruim. Era só mesmo o que me faltava. Já sabe quem é Polidoro dos Santos!
Quem ouviu, correu a contar a Pedro jacinto, enfeitado ainda mais o fraseado.
- Deixa vir. Minhas meninas são pobres e sérias. Criadas como gente. Caso se meta para o lado de cá, irei tirar-lhe o sarro.
Polidoro era desabusado e botou-se para as meninas. Esperava-as quando iam para o trabalho, soltava indiretas jocosas para ir amaciando. As meninas contavam em casa e já estavam com receio de sair. Não queriam ver o pai envolvido em situações desagradáveis. Além de tudo era visível que levaria desvantagem.
- Como é, o cabrão ainda continua?
- Ora, não nos deixa. Já hoje me chamou de meu bem e, de longe, propôs casamento à Mariana e acrescentou: - A qualquer uma das duas. - A gente procurando fugir e ele cercando. Já andamos com medo de que não nos queira forçar.
- Tem nada não. Mas não respondam nada nem parem. Um dia ele vai cansar. Sei que vocês não vão se deixar enganar.
No entanto, Pedro jacinto andava com uma pulga atrás da orelha. O bicho era atrevido, rico e viciado. Pelo que se ouvia dizer já deveria ter morrido há muito tempo.
- Olha, pai, ele hoje nos convidou para das um passeio. Daria bons presentes e se casaria com uma.
Pedro jacinto passou a noite remoendo desgraças. Não tinha mais para onde fugir. O sem vergonha andava mesmo atrás de suas filhas e não queria o nome delas na rua. Além de pobres, faladas, Deus que o livrasse.
Polidoro era homem de noitadas. Andava como um morcego atrás de chupar a honra de alguém.
Pedro Jacinto não queria complicações. Poderia fazer as coisas veladamente sem que em tempo algum se viesse a saber. O miserável era cheio de inimigos e se saísse das ruas seria um alívio. Todos iriam gostar e ninguém havia de aparecer para lamentar.
Pedro Jacinto queria fazer a coisa bem feita. Carregou na espingarda lazarina até a boca, incluindo cabeças de pregos velhos enferrujados, chumbo grosso e esferas de rolamentos. Tinha até receio de que iria arrebentar os fechos da espingarda. O importante era esbagaçar o peito esquerdo do miserável. Também não queria perder a carga que preparara com tanto cuidado. Ficaria numa esquina e apertaria o gatilho à queima roupa, fazer um rombo maior do que a boca da noite.
 Tomou posição e esperou emocionado. Iria fazer aquilo que todos esperavam, mas não tinham coragem de executar. Viu quando Polidoro vinha em direção à casa do Creudo, onde andava papando a filha. Havia de ser um disparo certeiro para não dar nem tempo de se mijar. Polidoro vinha de peito aberto, já ante gozando a aventura. De espingarda engatilhada, Pedro Jacinto esperava a aproximação e no momento exato despejou-lhe a carga de chumbo. Polidoro caiu trancado e não fez mais do que estrebuchar um pouco e apagar-se para o resto da vida. Pedro Jacinto saiu calmamente na certeza de que suas filhas já poderiam transitar sem receio de nada.
Quando o dia amanheceu já havia gente na delegacia de polícia.
- Seu delegado, o seu Polidoro está lá num pé de muro de olho vidrado.
- O que, seu Polidoro?
- Sim senhor. Tive medo danado quando dobrei a esquina.
- E de que foi?
- Sei não, corri para cá, a fim de dar parte. Só sei que está duro.
O delegado apressou os passos para ver o “causo”. Polidoro, o brutamontes estava espichado no chão com os dentes de fora, os olhos duros e a boca aberta como uma latrina sem tampa.
- Era o que ele procurava. Findou achando. Vão avisar aos parentes.
A notícia encheu a cidade. Mataram o seu Polidoro, com um tiro no peito esquerdo. Um rombo danado. Quem foi, quem não foi, procuravam saber. O delegado não tinha dúvida. Foi alguém que ele abusou da filha ou da mulher. Quem foi mesmo jamais se saberá. Nem vale a pena, procurar. Também não se perdeu nada. Aliás vai se perder uma cova no cemitério. Um traste daquele deveria ser exposto para os urubus, isto é, se tiver moela para triturar semelhante peste.
Á boca pequena, surgiram os comentários. Só pode ter sido fulano ou sicrano. O nome de Pedro Jacinto não aparecia, mesmo porque não ouvira falar que houvesse bulido com as filhas e, além do mais, o Jacinto era um pobre de Cristo.
- É isto mesmo. Quem semeia vento colhe tempestade. Deixa pra lá. E bendita seja a mão que puxou o gatilho. Tirão bem empregado!
Para o enterro foram quatro gatos pingados. O delegado também não foi, pois bendizia a mão que dera a carga.
- Como é, seu delegado, descobriu alguma coisa?
- Descobri, sim. Foi um tiro de espingarda bem carregada e o disparo foi à queima roupa, para não falhar. Só sei disto e já é muito. É pena que tenham demorado tanto. Fez muita miséria e já me preocupava a moleza dessa gente. Nem me davam parte e nem agiam. Tinham medo. De qualquer forma, tardou mas chegou. Um alívio...
- Pelo visto, minha gente, foi a polícia quem derrubou o Polidoro. O delegado nem dá bolas. É como se não houvesse um crime.
Pedro Jacinto não contou nada em casa e nem nunca deu qualquer demonstração de haver sido ele. Até ao contrário, lamentava o acontecimento. Fizeram uma covardia.
- Como é que se atira de traição. Não se lava honra assim. Ah! Se fosse comigo, iria enfrentá-lo no meio da rua para todo mundo assistir. Isto sim, seria um gesto de coragem e de vingança.
Pedro Jacinto lavou bem e lubrificou a espingarda velha que havia tirado de cima do guarda-roupa, ainda meio enferrujada. Depois da ocorrência, com Polidoro já fedendo de baixo de sete palmos de terra suja do cemitério, à cidade voltou à tranquilidade. Pedro Jacinto adora andar pela cidade para ouvir os comentários. Fazia perguntas inocentes e ficava admirado de quem teve a coragem de fazer a limpeza.
- É, estava faltando um homem nesta terra. Eu mesmo para falar a verdade, preferia ter que me mudar a enfrentar a onça.
Foi até bom que Deus, todo abençoado, não me tivesse dado coragem. Tirar uma vida de um próximo, só porque gostava de mulheres, Santo Deus! Todo ser vivo merece respeito. Do mosquito ao elefante. Graças a Virgem Santa e minhas filhas, nunca tive coragem de matar nem uma lagartixa.
 Estou zelando esta espingarda velha por que foi de meu pai. Quero bem a ela. Na mão dele nunca negou fogo. Muito certeira. Era apontar, caiu. Coitado de quem estava a sua frente. Eu, felizmente, nem aprendi a fazer pontaria, graças à Virgem Mãe.
Rezem pela alma de seu Polidoro. Coitado!

Em 27.7.86
*O conto faz parte do livro “Vidas Nordestinas”, no prelo.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Tavira



TAVIRA*



OS TEMPOS MORTOS
Grijalva Maracajá Henriques**

REPORTAGEM DO PASSADO
O TEMÍVEL ÍNDIO TAVIRA
SÉCULO XVI
1598
DEZEMBRO
PARAÍBA

Como sempre, procurando assuntos para minhas reportagens sobre o passado, encontrei no livro História do Brasil de Vicente Rodrigues Palha, frei Vicente do Salvador – 1546 – 1639; essa figura intrépida da tribo Tabajara que lutava ao lado dos portugueses, contra os franceses e seus irmãos nativos os Potiguaras. Infelizmente quase não achei, mas nada sobre este índio, também chamado de herói. Segue abaixo o relato mais completo sobre ele e vários endereços eletrônicos onde é citado. Não achei o porquê do seu nome, mas logicamente fora uma homenagem de algum patrício, para não esquecer sua cidade, em Portugal.

Trecho do livro Historia do Brasil e frei Vicente - p106 (Ipsis Litteris):
CAPÍTULO TRIGÉSIMO SEGUNDO
De como acabado o forte do Rio Grande, e entregue ao capitão Jerônimo de Albuquerque se tornaram os capitães-mor de Pernambuco, e Paraíba, e batalhas, que no caminho tiveram com os Potiguares.

Acabado o forte do rio Grande, que se intitula dos reis, o entregou Manuel Mascarenhas a Jerônimo de Albuquerque dia de S. João batista, era de mil quinhentos noventa e oito, tornando-lhe homenagem, como se costuma, e deixando-lho muito bem fornecido de gente, artilharia, munições, mantimentos, e tudo o mais necessário, se veio no mesmo dia com a sua gente dormir na aldeia do Camarão, onde Feliciano Coelho estava como seu arraial aposentado, e no seguinte se partiram todos para a Paraíba com muita paz e amizade, que é o melhor petrecho contra os inimigos, e assim o experimentaram os primeiros, que acharam em uma grande e forte cerca seis dias depois da partida, a qual mandaram espiar por um índio mui esforçado da nossa doutrina chamado Tavira, que com só 14 companheiros, que consigo levava, matou mais de 30 espias dos inimigos sem ficar um só, que levasse recado, e assim os nosso subitamente na cerca deram ao meio-dia, e contudo pelejaram mais de duas horas sem a poderem entrar, exceto o Tavira, que temerariamente trepando por dia se lançou dentro com uma espada, e rodela, e nomeando-se começou a matar, e ferir os inimigos, até lhe quebrar a espada, e ficar com só a rodela, tomando nela as flechas, o que visto pelo capitão Rui de Aveiro, e Bento da Rocha, seu soldado, tiraram por uma seteira duas arcabuzadas, com que os inimigos se afastaram, e lhe deram lugar de tornar a subir pela cerca, e sair-se dela com tanta ligeireza como se fora um pássaro; e com este, e outros semelhantes feitos tanto nome havia ganhado este índio entre os inimigos, que só com se nomear, dizendo eu sou Tavira, acobardava e atemorizava a todos; e assim atemorizados com isto os de cerca, e os nossos animados, vendo que se a noite os tomava de fora com o inimigo tão vizinho, e outros, que podiam sobrevir de outras partes, ficavam mui arriscados.
Remeteram outra vez a cerca com tanto ânimo, disparando tantas arcabuzadas e flechadas, que puseram os de dentro em aperto, e se deixou bem conhecer pelos muitos gritos, e choros, que se ouviam das mulheres e crianças; e o capitão Miguel Álvares Lobo com o seu sargento João de Padilha, espanhol, e seus soldados, remeteu a uma porta da cerca, e a levou, por onde logo entraram outros, e o mesmo fez o capitão Rui de Aveiro, e outros capitães por outras partes, com que forçaram os Potiguares a largar a praça, e fugirem por outras portas, que abriram por riba da estacada, e por onde podiam, mas contudo não deixaram de ficar mortos, e cativos mais de 1.500, sem dos nossos morreram mais de três índios Tabajaras, posto que ficaram outros feridos, e alguns brancos, dos quais foi o sargento João de Padilha.
(...)

lhs.unb.br/.../Livro_4_-_DA_HISTORIA_DO_BRASIL_DO_TEMPO_Q...
http://shirlei-tabajara.blogspot.com.br/2011/12/povos-indigenas-tabajara-e-kalabaca-de.html
pt.scribd.com/.../Historia-da-Paraiba-do-periodo-pre-colonial-aos-dias-at...
vendavaldasletras.wordpress.com/2007/12/24/






























Tavirense
606,98 km²
26 167 hab. (20111 )
43,11 hab./km²
N.º de freguesias
9
Presidente da
Câmara Municipal
Jorge Manuel Nascimento Botelho
Fundação do município
(ou foral)
8800 Tavira
Municípios de Portugal
Tavira é uma cidade portuguesa no Distrito de Faro, região e sub-região do Algarve, com cerca de 15 133 habitantes.
É sede de um município com 606,98 km² de área e 26 167 habitantes (20111), subdividido em 9 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Alcoutim, a leste por Castro Marim e pela parte ocidental do concelho de Vila Real de Santo António, a sudoeste por Olhão, a oeste por São Brás de Alportel e por Loulé e a sul tem litoral no oceano Atlântico. Fica na zona Sotavento (Algarve oriental).
O actual presidente da Câmara Municipal de Tavira é o socialista Jorge Manuel Nascimento Botelho, eleito em 2009.
Lista de Freguesias
O concelho de Tavira é constituído por nove freguesias:
Geografia e clima
O relevo é plano no litoral e muito acidentado na região serrana, na qual alguns picos ultrapassam os 500 metros de altitude. O concelho é atravessado por diversos cursos de água, tais como o Rio Gilão (também conhecido como Rio Séqua, ou Ribeira da Asseca), a ribeira do Almargem ou o Rio Vascão. No concelho de Tavira as três sub-regiões naturais do Algarve estão bem demarcadas: o litoral, o barrocal e a serra.
O clima da região é temperado mediterrânico; de acordo com a classificação climática de Koppen, Tavira apresenta um clima temperado com um Inverno chuvoso e um Verão seco e quente (Csb). A temperatura média anual ronda os 18°C, tal como no restante litoral e barrocal do sotavento algarvio. No mês de Agosto as temperaturas máximas rondam os 30°C e as mínimas os 19°C, ao passo que no mês de Janeiro as máximas rondam os 16°C e as mínimas os 7°C. Atendendo à normal climatológica 1961-1990, a cidade apresenta uma precipitação média anual de 576 mm, distribuída ao longo de cerca de 65 dias, concentrados essencialmente entre Outubro e Abril. A precipitação encontra-se essencialmente concentrada entre Outubro e Fevereiro, sendo Dezembro o mês mais chuvoso do ano, com cerca de 100 mm de precipitação média. Existem cinco meses secos, de Maio a Setembro. O Outono climatológico, regra geral, tem início em meados de Outubro. Durante o Outono e o Inverno são frequentes períodos curtos de precipitação intensa e trovoada, que alternam com dias amenos de céu limpo. As ondas de frio são raras e muito curtas, e ocorrem essencialmente no final de Dezembro ou no início de Janeiro: nos anos em que se verificam estes fenômenos meteorológicos, as mínimas podem se aproximar dos 0°C. A última vez que ocorreu queda de neve na cidade foi em Fevereiro de 1954, mas na madrugada de 1 de Fevereiro de 2006 nevou na Serra do Caldeirão, na região de Cachopo. A Primavera climatológica pode ter início no final de Fevereiro, e é uma estação inconstante, podendo oscilar de ano para ano entre seca ou chuvosa. Na Serra do Caldeirão, a precipitação média anual supera os 800 mm, e existem apenas quatro meses secos (Maio supera os 30 mm); para, além disso, a temperatura média anual é inferior ao litoral. Na região serrana os fenômenos convectivos podem ser frequentes na transição da Primavera para o Verão (Abril e Maio) e do Verão para o Outono (Setembro e Outubro).
A costa do conselho de Tavira possui algumas das mais belas praias do Algarve e de Portugal, todas elas incluídas no Parque Natural da Ria Formosa. O mar pode atingir temperaturas muito agradáveis durante o Verão e no início do Outono, as quais por podem rondar os 26°C nos meses mais quentes. As praias do concelho são: Praia do Lacém, Praia de Cabanas de Tavira, Praia da Ilha de Tavira, Praia da Terra Estreita, Praia do Barril e Praia do Homem Nu.
A Ria Formosa ocupa todo o litoral do concelho, encontrando-se separada do mar por duas barras dunares: a Ilha de Cabanas e a Ilha de Tavira. Para além das ilhas-barreira, a ria integra um conjunto de canais, salinas e sapais.
A Serra de Santa Maria é a designação atribuída à Serra do Caldeirão no concelho de Tavira; existem vários picos arredondados acima dos 500 metros de altitude. Toda esta barreira montanhosa de baixa altitude impede a influência dos ventos frios de quadrante norte, e enfraquece as frentes chuvosas vindas de noroeste, ajudando assim a definir o clima do litoral algarvio. Para, além disso, constitui uma barreira de condensação para as massas de ar húmido provenientes do Golfo de Cádiz.
Economia
O município de Tavira tem uma grande área de barrocal e serra, e as suas principais produções são, além da pesca e da aquicultura (zona da Ria Formosa, estando a actividade de produção de conservas de peixe praticamente extinta), a agricultura - com grandes extensões de pomares, e a exploração dos recursos da serra (mel e cortiça, por exemplo). A indústria turística localiza-se, sobretudo no litoral, explorando as grandes extensões de praias do concelho, na Ilha de Tavira e na Ilha de Cabanas.
A cidade de Tavira possui uma biblioteca pública designada por Biblioteca Álvaro de Campos, inaugurada a 24 de Junho de 2005. No edifício onde se encontra instalada, funcionava a antiga cadeia civil de Tavira.
Cinema e teatro
Até 1911, existia na cidade de Tavira uma pequena sala de espectáculos designada por Teatro Tavirense. Naquela data, o teatro é encerrado por falta de condições de segurança. Em 1914, é iniciada a construção de um novo teatro, o Teatro Popular, que, devido a condições econômicas difíceis derivadas da 1ª Guerra Mundial, apenas seria inaugurado em 27 de Outubro de 1917. A sala de espectáculos muda de nome para Teatro António Pinheiro, em 1942. Em 1964 é demolido, sendo construído outro no mesmo local, e com a designação Cine-Teatro Antonio Pinheiro, em 10 de Fevereiro de 1968, passando a apresentar cinema, teatro e espectáculos musicais.


**O autor é historiador e pesquisador.