quarta-feira, 15 de outubro de 2014

POEMA DA GRATIDÃO

POEMA DE GRATIDÃO


"Muito obrigado Senhor!
Muito obrigado pelo que me deste.
Muito obrigado pelo que me dás.

Obrigado pelo pão, pela vida, pelo ar, pela paz.
Muito obrigado pela beleza que os meus olhos veem no altar da natureza.
Olhos que fitam o céu, a terra e o mar
Que acompanham a ave ligeira que corre fagueira pelo céu de anil
E se detém na terra verde, salpicada de flores em tonalidades mil.

Muito obrigado Senhor!
Porque eu posso ver meu amor.
Mas diante da minha visão
Eu detecto cegos guiando na escuridão
que tropeçam na multidão
que choram na solidão.

Por eles eu oro e a ti imploro comiseração
porque eu sei que depois desta lida, na outra vida, eles também enxergarão!

Muito obrigado Senhor!
Pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro
A melodia do vento nos ramos do olmeiro
As lágrimas que vertem os olhos do mundo inteiro!

Ouvidos que ouvem a música do povo que desce do morro na praça a cantar.
A melodia dos imortais, que se houve uma vez e ninguém a esquece nunca mais!
A voz melodiosa, canora, melancólica do boiadeiro.
E a dor que geme e que chora no coração do mundo inteiro!

Pela minha alegria de ouvir, pelos surdos, eu te quero pedir
Porque eu sei
Que depois desta dor, no teu reino de amor, voltarão a sentir!

Obrigado pela minha voz
Mas também pela sua voz
Pela voz que canta
Que ama, que ensina, que alfabetiza,
Que trauteia uma canção
E que o Teu nome profere com sentida emoção!

Diante da minha melodia
Eu quero rogar pelos que sofrem de afazia.
Eles não cantam de noite, eles não falam de dia.
Oro por eles
Porque eu sei, que depois desta prova, na vida nova
Eles cantarão!

Obrigado Senhor!
Pelas minhas mãos
Mas também pelas mãos que aram
Que semeiam, que agasalham.
Mãos de ternura que libertam da amargura
Mãos que apertam mãos
De caridade, de solidariedade
Mãos dos adeuses
Que ficam feridas
Que enxugam lágrimas e dores sofridas!

Pelas mãos de sinfonias, de poesias, de cirurgias, de psicografias!
Pelas mãos que atendem a velhice
A dor
O desamor!
Pelas mãos que no seio embalam o corpo de um filho alheio sem receio!
E pelos pés que me levam a andar, sem reclamar!

Obrigado Senhor!
Porque me posso movimentar.
Diante do meu corpo perfeito
Eu te quero rogar
Porque eu vejo na Terra
Aleijados, amputados, decepados, paralisados, que se não podem movimentar.

Eu oro por eles
Porque eu sei, que depois desta expiação
Na outra reencarnação
Eles também bailarão!

Obrigado por fim, pelo meu Lar.
É tão maravilhoso ter um lar!
Não é importante se este Lar é uma mansão, se é uma favela, uma tapera, um ninho, um grabato de dor, um bangalô, uma casa do caminho ou seja lá o que for.

Que dentro dele, exista a figura
do amor de mãe, ou de pai
De mulher ou de marido
De filho ou de irmão
A presença de um amigo
A companhia de um cão
Alguém que nos dê a mão!

Mas se eu a ninguém tiver para me amar
Nem um tecto para me agasalhar,
nem uma cama para me deitar
Nem aí reclamarei.
Pelo contrário, eu te direi

Obrigado Senhor!
Porque eu nasci!
Obrigado porque creio em ti
Pelo teu amor, obrigado senhor!"


Poema de Gratidão - Amélia Rodrigues (Divaldo Pereira Franco)




Amélia Augusta do Sacramento Rodrigues (Amélia Rodrigues)
1861-1926. Mais conhecida como Amélia Rodrigues, foi, quando encarnada, notável poetisa, professora emérita, escritora consagrada, teatróloga, legítimo expoente cultural das Letras na Bahia. Amélia Augusta do Sacramento Rodrigues nasceu na Fazenda Campos, freguesia de Oliveira dos Campinhos, Município de Santo Amaro da Purificação, no Estado da Bahia, em 26 de maio de 1861. Era filha de Felix Rodrigues e D. Maria Raquelina Rodrigues. Qualquer de seus conterrâneos, por mais jovem que seja, conhece a vida dessa extraordinária mulher, de seu esforço a fim de chegar aos seus ideais. Estudou com o Cônego Alexandrino do Prado, em seguida foi aluna dos Professores Antônio de Araújo Gomes de Sá e Manuel Rodrigues M. de Almeida. Sua vocação para o magistério era inata. A par disso matriculou-se no Colégio mantido pela professora Cândida Álvares dos Santos e começou a lecionar no Arraial da Lapa. Alguns anos depois, enfrentou um concurso, disputando uma vaga para lecionar em Santo Amaro da Purificação. Sendo aprovada, lecionou ali por oito anos consecutivos. Em 1891, pelo seu amor à causa do ensino, conquistou mais uma vitória. Diante de sua capacidade ímpar na tarefa de ensinar, pelo grande conceito na comunidade, foi transferida para Salvador, sendo lotada na Escola Central do bairro Santo Antônio. Um de seus alunos, adolescente ainda, em 1905, foi selecionado para lecionar inglês pelo sistema do filósofo Spencer. Amélia Rodrigues não só o ajudou a compreender o pensamento daquele filósofo, como complementou o seu aprendizado. Disse a ele:
            "O jovem precisa de educação moral que é o princípio fundamental da disciplina social; sem apelar para o coração, educar é formar no homem as mais duradouras forças da ordem social." O pensamento de Amélia Rodrigues se identifica com o pensamento de Fénelon, contido em "O Evangelho segundo o Espiritismo", que solicita a certa altura: "Educar é formar homens de Bem, e não apenas instruí-los." No Plano Espiritual continuou seu trabalho esclarecedor e educativo, baseada principalmente no Evangelho de Jesus, fonte inspiradora, quando encarnada, para muitos dos seus trabalhos. Desencarnada, encontrou na Espiritualidade - seara infinita da imortalidade - maior expansão para seu Espírito sequioso de conhecimento e faminto de amor, dando vazão aos anseios mais nobres, aprofundando-se na Mensagem de Jesus, e, na atualidade, participando da falange de Joanna de Ângelis, mentora de Divaldo Pereira Franco. Pela psicografia do abnegado medianeiro, vem trazendo páginas de beleza intraduzível, abordando os mais variados assuntos sobre o Evangelho, tema predileto, extraindo lições edificantes para aqueles que estão cansados e sobrecarregados, consolando e instruindo os seus leitores, tendo brindado o Movimento Espírita com as seguintes obras:
 Até o fim dos tempos
Há flores no caminho
Luz do mundo
O Semeador (infantil)
Pelos caminhos de Jesus
Primícias do reino
Quando voltar a primavera
Trigo de Deus
            Quando de sua aposentadoria, foi difícil ficar repousando. O seu ideal de ensinar continuava vivo. Recuperadas as suas energias, retornou ao Magistério, de forma ainda mais marcante. Nessa oportunidade foi responsável pela fundação do Instituto Maternal "Maria Auxiliadora", que mais tarde transformou-se na "Ação dos Expostos". Aproveitando o tempo disponível, dedicou-se à literatura e ao jornalismo, colaborando em publicações religiosas, entre as quais: "O Mensageiro da Fé". Depois, na revista " A Paladina" e, mais tarde, em " A Voz". Escreveu algumas peças teatrais, entre as quais "Fausta" e "A Natividade". Colaborou ainda com poesias: "Religiosa Clarisse" e "Bem me Queres". Escreveu ainda obras para literatura infantil, didáticas e romances.
Amélia Rodrigues desencarnou em Salvador, com 65 anos de idade, em 22 de agosto de 1926, deixando a sua marca de trabalho inigualável, tanto na Educação como na Literatura e na Assistência Social.
Fonte: Até o fim dos tempos, ed. Leal, 2000





Síntese Biográfica de Divaldo Franco

Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo. Dos seus oitenta e quatro anos, sessenta e quatro foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de sua Salvador. Nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, Bahia e, desde a infância, se comunica com os Espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943. Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980. É reconhecido como um dos maiores médiuns e oradores Espíritas da atualidade e o maior divulgador da Doutrina Espírita por todo o Mundo. Seu currículo revela um exímio e devotado educador com mais de seiscentos filhos adotivos e mais de duzentos netos e bisnetos, atendendo atualmente a cerca de três mil crianças, adolescentes e jovens de famílias de baixa renda, por dia, em regime de semi-internato e externato. Orador com mais de treze mil conferências, em mais de duas mil cidades em todo o Brasil e em sessenta e cinco países dos cinco continentes, tendo concedido mil e quinhentas entrevistas para rádio e TV, no Brasil e no Exterior. Em 2010 esteve em algumas cidades, por primeira vez, como Dublin, capital da Irlanda; Elche Sur-Azette, em Luxemburgo; Schwarzach, na Alemanha e Villach, na Áustria. Em meados de 2010, esteve na Rússia, por primeira vez, fazendo contatos com amigos e tentando encaminhar a criação de um núcleo espírita.
 Recebeu mais de seiscentas homenagens, de instituições culturais, sociais, religiosas, políticas e governamentais. Como médium, publicou duzentos e cinqüenta e cinco livros, com mais de oito milhões de exemplares, onde se apresentam duzentos e onze Autores Espirituais, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universais. Dessas obras, houve versões para dezessete idiomas (alemão, albanês, catalão, dinamarquês, espanhol, esperanto, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, tcheco, turco, russo, sueco e sistema Braille). Existem, ainda, dezessete livros escritos por outros autores, sobre sua vida e sua obra. A renda proveniente da venda dessas obras, bem como os direitos autorais foram doados, em cartório, à Mansão do Caminho e outras entidades filantrópicas. Espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 7 de setembro de 1947. Dois anos depois, iniciou a sua tarefa de psicografia. Diversas mensagens foram escritas por seu intermédio. Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais guardou o que escreveu, até que um dia recebeu a recomendação para queimar tudo o que escrevera até ali, pois não passava de simples exercício. Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos Espíritos, dentre eles: Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como Um Espírito Amigo, ocultando-se no anonimato à espera do instante oportuno para se identificar. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta as pessoas necessitadas dando diretriz espiritual. Em 1964, Divaldo, sob orientação de Joanna de Ângelis, selecionou várias mensagens de autoria da mentora e enfeixou-as no livro Messe de Amor, que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo.
MANSÃO DO CAMINHO
            Divaldo Pereira Franco é emérito educador. Fundou em 1952, na cidade de Salvador, Bahia, com Nilson de Souza Pereira, a Mansão do Caminho, instituição que acolheu e educou crianças sob o regime de Lares Substitutos. Em vinte Casas Lares, educou mais de seiscentos filhos, hoje emancipados, a maioria com família constituída. Na década de sessenta, iniciou a construção de escolas, oficinas profissionalizantes e atendimento médico. Hoje, a Mansão do Caminho é um admirável complexo educacional com 83.000 m2 e cincoenta e duas edificações que atende a três mil crianças e jovens de famílias de baixa renda, na Rua Jaime Vieira Lima, n° 1, Pau da Lima, um dos bairros periféricos mais carentes de Salvador. O complexo atende a diversas atividades socioeducacionais como: enxovais, Pré-Natal, Creche, escolas de ensino fundamental e médio, Informática, Cerâmica, Panificação, Bordado, Reciclagem de Papel, Centro Médico, Laboratório de Análises Clínicas, Atendimento Fraterno, Caravana Auta de Souza, Casa da Cordialidade e Bibliotecas. Mais de trinta e cinco mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho. A obra é basicamente mantida com a venda dos livros mediúnicos e das fitas gravadas nas palestras, seminários, entrevistas e mensagens por Divaldo.
 HOMENAGENS
 Divaldo Franco recebeu homenagens em diversos países e cidades da América do Norte, Central, do Sul, Europa e África:
• 20 Comendas
• 334 Placas de prata, douradas e bronze
• 54 Medalhas
• 49 Troféus
• 43 Moções de Congratulações
• 187 Diplomas e Certificados
• 12 Títulos Honoríficos significativos.
Dentre todas essas maravilhosas homenagens, destacam-se:
• 1991 - Título Honoris Causa em Humanidades, pelo Colégio Internacional de Ciências Espirituais e Psíquicas, em Montreal, Canadá em 23.05.1991.
• 1997 - Decreto de Ordem do Mérito Militar, 31.03.1997, pelo Presidente da República do Brasil.
• 2001 - Medalha Chico Xavier, do Governo do Estado de Minas Gerais.
• 2002 - Título de Doutor Honoris Causa em Humanidades, pela Universidade Federal da Bahia.
• 2002 - Homenagem da Universidade Estadual de Feira de Santana.
• 2005 - Título de Embaixador da Paz no Mundo, junto com o amigo Nilson de Souza Pereira.
            O título foi recebido em Genebra, na Suíça, em 30 de dezembro de 2005, pela Ambassade Universalle Pour la Paix. Em junho de 2008, em Paigton, no Sudoeste da Inglaterra, recebeu do monge tibetano Kelsang Pawo, da Fundação Kelsang Pawo, que se dedica a proteção de crianças em perigo em todo o mundo, o título de Embaixador da Bondade no mundo.
Atualizada em 02.01.2012.
http://www.divaldofranco.com.br/
            

Um comentário:

  1. ME PERDOE PELO HUMILDE COMENTÁRIO!
    MAS ACHO DESNECESSÁRIO CITAR TODOS ESSES TITULOS EFEMEROS DE DIVALDO, O SEU EXEMPLO JÁ NOS DIZ TUDO.
    AS VEZES TENHO ASSISTIDO PALESTRAS DELE, E ANTES DELE ENTRAR O MESTRE DO CERIMONIAL DESCORTINA UM VERDADEIRO ROSÁRIO DAS COMENDAS E DIPLOMAS DE DIVALDO. NÃO VEJO NECESSIDADE DISTO, POIS O DIVINO MESTRE JESUS SE FEZ O MAIS PEQUENINO DE TODOS E SEU EXEMPLO FOI O SEU CURRICULO VITAE.

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