sexta-feira, 23 de agosto de 2013

POBRE DO AGRICULTOR BRASILEIRO



Pobre do Agricultor Brasileiro






 Grijalva M. Henriques


Quem sabe quanto foi gasto nos estádios de futebol no país? Lugares estes que se tornarão espaços fantasmas, após a copa, isto é se não desmoronarem antes!
            E me digam se não é uma vergonha o que está acontecendo com os produtores do Mato Grosso e em outros estados do Brasil que produzem cereais e demais alimentos pra nossa gente.
            O governo dos Petralhas contabiliza nos índices de produtividade como mérito seu a grande safra de milho e soja. Quando somente se deve o êxito aos verdadeiros agricultores sem nenhuma ajuda governamental; ao contrário: eles acabaram com as estradas, as ferrovias, os portos e os silos e estão tentando acabar com as propriedades produtivas e expulsando do campo os legítimos trabalhadores rurais; inventando leis pra tudo que é lado na tentativa de barrar a força e a garra do povo brasileiro que vive da agricultura, por devoção e não por uma ideologia barata.
            Vimos um dia destes produtores de arroz lá pras bandas do Norte chorando, por ter sido expulso por força policial federal, de terras que lhes pertenciam a mais de vinte anos, documentada oficialmente; e que por um decreto virou, do dia pra noite, um “bandido”. Um deles com mais de 60 anos chorava que nem menino sem saber o que fazer naquele fim de mundo, abandonado a sua própria sorte.
            Semana dessas ouvi nos noticiários dona Dilma liberar não sei quantos bilhões de reais para “Hortas Comunitárias” nas cidades. Ontem saiu na mídia que a própria, havia destinado mais um bocado de notas de reais (mais ou menos um bilhão) para restaurar prédios históricos do patrimônio governamental, assim como edificações velhas, de particulares, que não vão servir pra nada mesmo. Não tem quem tome conta dos bichos mesmo. Vão definitivamente caírem mais tarde, infelizmente!
            Agora para o milho e a soja nem um reis, para se construir silos tão necessários para armazenar nossa “real” e legítima riqueza!
Vejam a reportagem abaixo:


 
















Produtores estocam milho a céu aberto, em Mato Grosso.

Edição do dia 19/08/2013

Segundo a CNA, Mato Grosso deve colher 18,6 milhões de toneladas de milho, quase 24% a mais do que em 2013. Mas falta espaço para armazenar essa supersafra.








Os produtores de milho de Mato Grosso não têm mais onde estocar a safra. Com isso, montanhas de grãos se acumulam, a céu aberto, à espera de transporte.

Mal um caminhão acaba de carregar, e outro já encosta. É o ritmo da colheita de milho em Mato Grosso.
            Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, Mato Grosso deve colher 18,6 milhões de toneladas de milho, quase 24% a mais do que em 2013. Mas falta espaço para armazenar essa supersafra. Os silos estão lotados.
Para evitar que a montanha de milho se espalhe, os produtores improvisam. Fazem barreiras de contenção com enormes bolsas. Em uma empresa, oito mil toneladas estão a céu aberto.
“Hoje não tenho como escoar esse milho para exportação. Não tenho como levar para Santos e Paranaguá. Só tem a janela aberta para Paranaguá daqui a dois meses”, diz o empresário Juliano Bertuol.
Outro fator contribui para o crescimento das montanhas de milho. Em Mato Grosso, a saca de 60 quilos está cotada a R$ 10,53, abaixo do mínimo de R$ 13 - que funciona como referência para o produtor não ter prejuízos.
Muitos fazendeiros decidiram esperar o preço subir. A Conab informou que já fez dois leilões e negociou quatro milhões de toneladas.
“A nossa capacidade é de chegar até 10 milhões de toneladas de leilões para que nós possamos facilitar o escoamento dessa produção. Com isso nós temos certeza que o produtor não vai ter problemas de armazenamento”, explica o diretor de abastecimento da Conab, Marcelo Mello.
Segundo a associação dos produtores, a situação só não é mais grave porque parte do milho está estocada em silos-bolsa.
“Chega um momento que a falta de infraestrutura vai brecar todo esse crescimento. Ou acontece a infraestrutura ou certamente na dor vai parar de crescer a produção de grãos em Mato Grosso", diz o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.

16/07/2013 19h50
Com gargalo de armazenagem, MT tem silos com milho de 2008.
MT tem 21 armazéns da Conab com capacidade para 200 mil t de grãos.
Estatal promete operação para reforma e construção de armazéns.
Leandro J. Nascimento Do G1 MT
Flagrantes de milho a céu aberto evidenciam por mais um ano o problema da falta de armazéns em Mato Grosso. Mas enquanto as unidades privadas começam a ficar lotadas, muitos silos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estão sucateados e sem uso. Na região Norte, a maior produtora de grãos, há armazéns da estatal que guardam milho ainda da safra de 2008.
De acordo com a estatal, as 162 toneladas do cereal estão estocadas em Sorriso porque a empresa responsável pela retirada decidiu rescindir o contrato antes de terminar o trabalho. "É uma questão jurídica que está sendo resolvida. São cinco carretas em produtos e se for fazer a reforma e o produto não tiver saído vamos arrumar o local", afirmou o diretor de Abastecimento da Conab, Marcelo Melo. No mesmo armazém que guarda os grãos do governo, os equipamentos de limpeza, secagem e movimentação de grãos estão deteriorados.
Já em Sinop são dois armazéns próprios da Conab. Um está vazio, enquanto o outro lotado com arroz de terceiros. Ambos foram construídos há quase 30 anos, com capacidade para 13,8 mil toneladas de grãos.
Em todo Mato Grosso são 21 armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento com capacidade para 200 mil toneladas de grãos. Ainda segundo o diretor da Conab, o governo prepara uma mega operação' para reforma e construção de novos armazéns em todo o Brasil. É uma tentativa de se evitar o colapso de armazenagem.
"Serão reformas radicais. Os armazéns de Mato Grosso serão praticamente refeitos. Vamos colocar tombadores, secadores, equipamentos de alta geração, além de dar o selo de meio ambiente para reutilização de água, reaproveitamento. Dar aos novos armazéns e aos reformados o selo ambiental", disse Marcelo Melo.
             Enquanto a colheita avança no campo, atingindo 8 milhões de toneladas das 17 milhões estimadas, a falta de armazéns já faz produtores venderem suas produções em uma época em que os preços do cereal estão abaixo do valor mínimo estipulado pelo governo (R$ 13,02).
Em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, Márcio Tschope vendeu por R$ 10 a saca de 60kg, ou R$ 2 abaixo do custo de produção. "Estava difícil, sem perspectiva nenhuma de ter o que fazer. Não existe lugar para armazenar o milho. Existe uma unidade da Conab que não está recebendo nenhuma saca de milho", disse o agricultor.
Quem está guardando a produção em armazéns privados já sabe que após outubro o cereal vai ter que ceder espaço para a soja. "Vai ser paga R$ 1,50 a taxa de recebimento e mais R$ 0,30 por mês até outubro, quando tem que tirar o milho porque eles vão precisar dos armazéns para a soja", disse o produtor Aleixo Morgem, de Sinop. Ele vendeu parte por falta de local para colocar o produto.
O ciclo 2012/13 promete ser o melhor em toda história de Mato Grosso, com uma safra projetada em mais de 17 milhões de toneladas.



 





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