Pobre
do Agricultor Brasileiro
Grijalva M. Henriques
Quem
sabe quanto foi gasto nos estádios de futebol no país? Lugares estes que se
tornarão espaços fantasmas, após a copa, isto é se não desmoronarem antes!
E
me digam se não é uma vergonha o que está acontecendo com os produtores do Mato
Grosso e em outros estados do Brasil que produzem cereais e demais alimentos
pra nossa gente.
O
governo dos Petralhas contabiliza nos índices de produtividade como mérito seu
a grande safra de milho e soja. Quando somente se deve o êxito aos verdadeiros
agricultores sem nenhuma ajuda governamental; ao contrário: eles acabaram com
as estradas, as ferrovias, os portos e os silos e estão tentando acabar com as
propriedades produtivas e expulsando do campo os legítimos trabalhadores
rurais; inventando leis pra tudo que é lado na tentativa de barrar a força e a
garra do povo brasileiro que vive da agricultura, por devoção e não por uma
ideologia barata.
Vimos
um dia destes produtores de arroz lá pras bandas do Norte chorando, por ter
sido expulso por força policial federal, de terras que lhes pertenciam a mais
de vinte anos, documentada oficialmente; e que por um decreto virou, do dia pra
noite, um “bandido”. Um deles com mais de 60 anos chorava que nem menino sem
saber o que fazer naquele fim de mundo, abandonado a sua própria sorte.
Semana
dessas ouvi nos noticiários dona Dilma liberar não sei quantos bilhões de reais
para “Hortas Comunitárias” nas cidades. Ontem saiu na mídia que a própria,
havia destinado mais um bocado de notas de reais (mais ou menos um bilhão) para
restaurar prédios históricos do patrimônio governamental, assim como edificações
velhas, de particulares, que não vão servir pra nada mesmo. Não tem quem tome
conta dos bichos mesmo. Vão definitivamente caírem mais tarde, infelizmente!
Agora
para o milho e a soja nem um reis, para se construir silos tão necessários para
armazenar nossa “real” e legítima riqueza!
Vejam a reportagem abaixo:
Produtores estocam milho a céu aberto, em Mato Grosso.
Edição do dia 19/08/2013
Segundo a CNA,
Mato Grosso deve colher 18,6 milhões de toneladas de milho, quase 24% a mais do
que em 2013. Mas falta espaço para armazenar essa supersafra.
Os produtores de milho de Mato Grosso
não têm mais onde estocar a safra. Com isso, montanhas de grãos se acumulam, a
céu aberto, à espera de transporte.
Mal um caminhão acaba de carregar, e outro já encosta. É o ritmo
da colheita de milho em Mato Grosso.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, Mato Grosso deve colher 18,6 milhões de toneladas de milho, quase 24% a mais do que em 2013. Mas falta espaço para armazenar essa supersafra. Os silos estão lotados.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento, Mato Grosso deve colher 18,6 milhões de toneladas de milho, quase 24% a mais do que em 2013. Mas falta espaço para armazenar essa supersafra. Os silos estão lotados.
Para evitar que a montanha de milho se
espalhe, os produtores improvisam. Fazem barreiras de contenção com enormes
bolsas. Em uma empresa, oito mil toneladas estão a céu aberto.
“Hoje não tenho como escoar esse milho
para exportação. Não tenho como levar para Santos e Paranaguá. Só tem a janela aberta para Paranaguá daqui
a dois meses”, diz o empresário Juliano Bertuol.
Outro fator contribui para o
crescimento das montanhas de milho. Em Mato Grosso, a saca de 60 quilos está
cotada a R$ 10,53, abaixo do mínimo de R$ 13 - que funciona como referência
para o produtor não ter prejuízos.
Muitos fazendeiros decidiram esperar o
preço subir. A Conab informou que já fez dois leilões e negociou quatro milhões
de toneladas.
“A nossa capacidade é de chegar até 10
milhões de toneladas de leilões para que nós possamos facilitar o escoamento
dessa produção. Com isso nós temos certeza que o produtor não vai ter problemas
de armazenamento”, explica o diretor de abastecimento da Conab, Marcelo Mello.
Segundo a associação dos produtores, a
situação só não é mais grave porque parte do milho está estocada em
silos-bolsa.
“Chega um momento que a falta de
infraestrutura vai brecar todo esse crescimento. Ou acontece a infraestrutura
ou certamente na dor vai parar de crescer a produção de grãos em Mato
Grosso", diz o presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro.
16/07/2013 19h50
Com gargalo de armazenagem, MT tem silos com milho de
2008.
MT
tem 21 armazéns da Conab com capacidade para 200 mil t de grãos.
Estatal promete operação para reforma e construção de armazéns.
Estatal promete operação para reforma e construção de armazéns.
Leandro
J. Nascimento Do G1 MT
Flagrantes de milho a céu aberto evidenciam por mais um
ano o problema da falta de armazéns em Mato Grosso. Mas enquanto as unidades
privadas começam a ficar lotadas, muitos silos da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) estão sucateados e sem uso. Na região Norte, a maior
produtora de grãos, há armazéns da estatal que guardam milho ainda da safra de
2008.
De acordo com a estatal, as 162 toneladas do cereal estão
estocadas em Sorriso porque a empresa responsável pela retirada decidiu
rescindir o contrato antes de terminar o trabalho. "É uma questão jurídica
que está sendo resolvida. São cinco carretas em produtos e se for fazer a
reforma e o produto não tiver saído vamos arrumar o local", afirmou o
diretor de Abastecimento da Conab, Marcelo Melo. No mesmo armazém que guarda os
grãos do governo, os equipamentos de limpeza, secagem e movimentação de grãos
estão deteriorados.
Já em Sinop são dois armazéns próprios da Conab. Um está
vazio, enquanto o outro lotado com arroz de terceiros. Ambos foram construídos
há quase 30 anos, com capacidade para 13,8 mil toneladas de grãos.
Em todo Mato Grosso são 21 armazéns da Companhia Nacional
de Abastecimento com capacidade para 200 mil toneladas de grãos. Ainda segundo
o diretor da Conab, o governo prepara uma mega operação' para reforma e
construção de novos armazéns em todo o Brasil. É uma tentativa de se evitar o
colapso de armazenagem.
"Serão reformas radicais. Os armazéns de Mato Grosso
serão praticamente refeitos. Vamos colocar tombadores, secadores, equipamentos
de alta geração, além de dar o selo de meio ambiente para reutilização de água,
reaproveitamento. Dar aos novos armazéns e aos reformados o selo
ambiental", disse Marcelo Melo.
Enquanto a colheita avança no
campo, atingindo 8 milhões de toneladas das 17 milhões estimadas, a falta de
armazéns já faz produtores venderem suas produções em uma época em que os
preços do cereal estão abaixo do valor mínimo estipulado pelo governo (R$
13,02).
Em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, Márcio Tschope vendeu por
R$ 10 a saca de 60kg, ou R$ 2 abaixo do custo de produção. "Estava
difícil, sem perspectiva nenhuma de ter o que fazer. Não existe lugar para
armazenar o milho. Existe uma unidade da Conab que não está recebendo nenhuma
saca de milho", disse o agricultor.
Quem está guardando a produção em armazéns privados já
sabe que após outubro o cereal vai ter que ceder espaço para a soja. "Vai
ser paga R$ 1,50 a taxa de recebimento e mais R$ 0,30 por mês até outubro,
quando tem que tirar o milho porque eles vão precisar dos armazéns para a
soja", disse o produtor Aleixo Morgem, de Sinop. Ele vendeu parte por
falta de local para colocar o produto.
O ciclo 2012/13 promete ser o melhor em toda história de
Mato Grosso, com uma safra projetada em mais de 17 milhões de toneladas.