TIRADENTES
Aniversário de morte
222 anos
21 de abril de 1792/2014
PARTE III
Tancredo Neves e Tiradentes
Estamos reproduzindo
texto encontrado na revista "O Mensageiro" endereço:
www.omensageiro.com.br/artigos/artigo-168.htm. Que cada um tire suas próprias
conclusões.
“... Eis por que um que vos parece
justo, muitas vezes sofre. É a punição do seu passado”.
O Livro dos Espíritos - Pergunta 984
No ano de1985, a
nação brasileira passou por momentos de grande aflição e, até mesmo, de
desespero.
A população, em sua
grande maioria, orava conjuntamente para que a dor que lhes afligia fosse extinta.
Nunca tantas pessoas se uniram, formando uma grande corrente de energia
psíquica para que a doença inesperada não levasse à morte alguém que
representava a esperança de um país.
Tudo inútil. A “fé
que remove montanhas” não foi capaz de retirar o cálice do resgate da boca de
um querido irmão em expiação.
Por que as preces e
as correntes vibratórias do povo brasileiro e de outros países não surtiram
efeito?
Qual o motivo
espiritual da fatalidade que alcançou Tancredo Neves poucas horas antes da
posse como Presidente do Brasil?
Se nos basearmos em
conceitos dogmáticos das religiões tradicionais, de maneira nenhuma
conseguiremos saber o porquê do intenso sofrimento sentido por Tancredo e pelo
povo brasileiro. Mais uma vez foi dito que “não devemos discutir os desígnios
divinos” e o mistério novamente surgiu, tentando responder o que não tem
explicação sem o processo da Lei de Causa e Efeito.
Certamente muitas pessoas
que oraram com fervor para a recuperação de Tancredo Neves lograram
experimentar o desconsolo e a desesperança, assediadas pela decepção, diante do
final dramático e acreditamos que, ainda hoje, muitos se lembram daquele
episodio com muita tristeza e com muitas dúvidas.
Allan Kardec ensina:
“A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade
deixa... Fé inabalável só é a que pode encarar de frente a razão, em todas as
épocas da humanidade”.
Perguntou o mestre
lionês à Espiritualidade:
“As vicissitudes da
vida são sempre a punição das faltas atuais?”
Responderam os
Espíritos:
“Não; já dissemos:
são provas impostas por Deus, ou que vós mesmos escolhestes como Espíritos,
antes de encarnardes, para expiação das faltas cometidas em outra existência,
porque jamais fica impune a infração das leis de Deus e, sobretudo, da lei de
justiça. Se não foi punida nesta existência, sê-lo-á necessariamente noutra.
Eis por que um, que vos parece justo, muitas vezes sofre. É a punição do seu passado”.
Utilizando-nos do
raciocínio que o Consolador nos oferece, busquemos novamente “O Livro dos
Espíritos” para o esclarecimento que se faz necessário para, baseados na razão,
esclarecermos o assunto em tela.
O Codificador da
Doutrina dos Espíritos questiona o mundo extracorpóreo: “Qual a consequência do
arrependimento no estado espiritual?”. Esclarecem, então, os Mestres do Além:
“Desejar o arrependido uma nova encarnação para se purificar. O Espírito
compreende as imperfeições que o privam de ser feliz e por isso aspira a uma
nova existência em que possa expiar suas faltas”.
Portanto, existia um
determinismo providencial no sentido de o Espírito Tancredo Neves, poder
resgatar dívidas intensas contraídas em vida passada.
Os jornais, na
época, noticiaram o depoimento de um dos componentes da equipe médica que
cuidou do Presidente, que disse o seguinte:
“Aconteceram coisas
muito raras com ele. Eu nunca vi leiomioma (tumor benigno) perfurar desse
jeito. Sangramentos de sutura em geral ocorrem nos dois primeiros dias do
pós-operatório e raramente no oitavo dia. Também nunca vi ocorrer infecção pelo
actinomiceto como aconteceu com ele, porque o microrganismo é bastante raro.
São coisas que nos deixam com uma sensação muito estranha. Fizemos tudo por Tancredo
Neves, durante cerca de um mês nos dedicamos integralmente ao Presidente. Ele
tinha à sua cabeceira os maiores especialistas, todos os recursos e
equipamentos e toda a carga afetiva da equipe, que teve um grande envolvimento
emocional com o tratamento. Fomos muito surpreendidos pelos fatos. Tudo foi
feito e ele não respondeu a nada, nada deu certo. A sensação que fica é a de
que havia, desde o primeiro dia, um caminho traçado que não pudemos mudar”.
É importante frisar
que a Espiritualidade já tinha, há oito meses antes da desencarnação de
Tancredo, dado uma pista, a qual, por certo, esclarece a causa desse drama
vivido pelo Presidente e por todos os brasileiros.
Em 9 de agosto de
1984, o médium Dictino Álvares, em São Paulo, recebeu psicograficamente a
seguinte mensagem:
“Estamos
compromissados em significativa tarefa neste país que tem a missão histórica de
celeiro espiritual do terceiro milênio e os tempos se aproximam”.
“Equipes espirituais
de escol canalizam vibrações e as borrifam na mente daqueles que têm a
responsabilidade de dirigir esta terra predestinada”.
“Elo de fraternidade
emana do mais alto, impulsionando um inconfidente à pátria do Evangelho”.
“Sentimos que os
irmãos desejariam que fôssemos mais objetivos, mas todas as coisas têm uma
razão de ser e nem tudo nos é permitido revelar”.
É indiscutível que
Tancredo Neves estava profundamente vinculado à Inconfidência Mineira.
1. Tiradentes e Tancredo nasceram em
São João Del Rei;
2. Morreram na mesma data (21 de
abril);
3. Ambos órfãos de pai na infância:
4. Tancredo residiu em São João Del
Rei na Rua Tiradentes n. 224;
5. E estátua de Tiradentes em São
João Del Rei, resultou de iniciativa do então deputado estadual Tancredo Neves:
6. A expressão “Nova República”,
lançada por Tancredo, foi usado por Tiradentes quando foi acareado com
Alvarenga Peixoto, na Fortaleza da Ilha das Cobras;
7. Ambos deram suas próprias vidas
pelo ideal de liberdade em nossa pátria: Tiradentes - mártir da Inconfidência,
Tancredo - mártir da Nova República.
Por certo o
Presidente foi a reencarnação de um personagem da Insurreição Mineira, que
regressou à vida física com uma missão de resgate: lutar e dar a sua vida pela
libertação de nosso país.
Assim como
Tiradentes, ele não conseguiu ver a chama da liberdade acesa em solo
brasileiro.
Joaquim José da
Silva Xavier morre por enforcamento, tendo sido seu corpo esquartejado e
expostos seus restos em vários lugares.
Tancredo de Almeida
Neves sofre os cortes no abdômen, possibilitando o “esquartejamento” pelo
retalhamento das vísceras em seis cirurgias e no embalsamamento, e o
enforcamento progressivo pela traqueotomia e insuficiência respiratória. O
corpo do Presidente é também exposto em vários lugares ao público.
Que debito teria o
Espírito Tancredo contraído em vida pretérita, que justificasse tamanho
sofrimento atual?
Teria sido esse
Espírito, reencarnado na época da Inconfidência um obstáculo à concretização do
movimento libertador de Tiradentes e demais conjurados?
Poderia esse
Espírito ter sido responsável pela derrocada do movimento da Conjuração Mineira
e pela posterior punição dos Inconfidentes?
Lembramos que o
traidor Joaquim Silvério dos Reis denunciou Tiradentes e demais companheiros ao
Visconde de Barbacena, governador da Capitania de Minas Gerais, na data de 15
de Março, sim, 15 de Março de 1789.
Em 15 de Março de
1985, Tancredo é submetido à intervenção cirúrgica de urgência, privando-o de
tomar posse na Nova Republica. Sofreu as consequências do esforço, da dedicação
e da estoica entrega de si mesmo aos superiores interesses do país, já que a
doença o atacara muitos dias antes da data prevista para a posse e a cirurgia
tinha sido postergada para depois do compromisso solene perante o Congresso
Nacional.
Tancredo se
sacrificou, deu a sua própria vida para que todos os brasileiros pudessem
respirar novamente a atmosfera da liberdade em nossa pátria.
Que misterioso
desígnio esse que o privou de tomar posse! Somente a doutrina da reencarnação
pode explicar esse estranho destino de um homem que luta para levar seu povo à
Terra Prometida da Paz e da Liberdade e não consegue penetrá-la.
Que enigmática
fatalidade impedindo que um ideal de libertação seja acionado pelas próprias
mãos de seu maior criador!
Tancredo de Almeida
Neves (22 letras).
Joaquim Silvério dos
Reis (22 letras).
Que o Divino Mestre
ilumine esse Espírito que certamente de vida a dois personagens importantes da
História do Brasil e conseguiu em sua última existência resgatar um pesado
débito para com o nosso país.
Agradecemos a Jesus
por estar nos iluminando, através da doutrina do “Consolador”, sepultando o
milenar mistério e deixando cair todos os véus, principalmente o véu do
dogmatismo, da ignorância e do preconceito.
A Doutrina Espírita
tem um grande recado a dar ao mundo e todos nós que a abraçamos somos impelidos
a levar por toda a parte a mensagem consoladora de Jesus.
Bezerra de Menezes,
através da abençoada mediunidade de Divaldo Pereira Franco, no encerramento do
Congresso Internacional de Espiritismo/1989, realizado em Brasília, disse:
“Tendes (os
espíritas) o compromisso de acender, na escuridão que domina o mundo, as
estrelas luminiferas do Evangelho de Jesus...”.
“... Jesus é o mesmo
hoje como era há 2000 anos atrás. Restaurado na palavra consoladora da Doutrina
Espírita, Ele nos conclama à união dos corações para a unificação do ideal da
verdade”.
Que a Paz do Doce e
Amorável Jesus penetre no Espírito Tancredo Neves e, também, alcance a todos os
que vivem nesse país, destinado a ser o celeiro espiritual do 3º. Milênio.
Fonte: O Mensageiro
*Os textos foram simplesmente copiados
dos sites citados, e excluídos dados que eram repetidos. Assim o fiz, para que
os leitores tenham outra visão da vida e morte de “Quincas Xavier”, em várias deliberações intelectuais de leituras.
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