Hoje
é o dia do aniversário do meu legitimo e predileto poeta Augusto dos Anjos. Faz
hoje cento e trinta anos do seu nascimento no Engenho Pau D’Arco Munícipio de
Cruz do Espirito Santo/Paraíba, Seguem abaixo, como sempre, uns versos sobre as
suas dificuldades em permanecer num mundo tão volúvel e ingrato.
GM. Henriques
A ESPERANÇA
A Esperança não
murcha, ela não cansa,
Também como ela não
sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas
da Descrença,
Voltam sonhos nas asas
da Esperança.
Muita gente infeliz
assim não pensa;
No entanto o mundo é
uma ilusão completa,
E não é a Esperança
por sentença
Este laço que ao mundo
nos manieta?
Mocidade, portanto,
ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença de
fanal bendito,
Salve-te a glória no
futuro - avança!
E eu, que vivo
atrelado ao desalento,
Também espero o fim do
meu tormento,
Na voz da Morte a me
bradar; descansa!
“Augusto
dos Anjos
Poeta
Brasileiro
Biografia
de Augusto dos Anjos:
Augusto
dos Anjos (1884-1914) foi poeta brasileiro. Sua obra é extremamente original. É
considerado um dos poetas mais críticos de sua época. Foi identificado como o
mais importante poeta do pré-modernismo, embora revele em sua poesia, raízes do
simbolismo, retratando o gosto pela morte, a angústia e o uso de metáforas.
Declarou-se "Cantor da poesia de tudo que é morto". O domínio técnico
em sua poesia, comprovaria também a tradição parnasiana. Durante muito tempo
foi ignorado pela crítica, que julgou seu vocabulário mórbido e vulgar. Sua
obra poética, está resumida em um único livro "EU", publicado em
1912, e reeditado com o nome "Eu e Outros Poemas".
Augusto
dos Anjos (1884-1914) nasceu no engenho "Pau d'Arco", na Paraíba.
Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos
Anjos. Recebeu do pai, formado em Direito, as primeiras instruções. No ano de
1900, ingressa no Liceu Paraibano e compõe nessa época, seu primeiro soneto,
"Saudade".
Augusto
dos Anjos, ingressa na Faculdade de Direito do Recife em 1903 e em 1907,
formado em Direito, retorna a João Pessoa, capital da Paraíba, onde passa a
lecionar Literatura Brasileira, em aulas particulares.
Augusto
dos Anjos é nomeado, em 1908, para o cargo de professor do Liceu Paraibano mas,
em 1910, é afastado do cargo. Nesse mesmo ano casa-se com Ester Fialho e
muda-se para o Rio de Janeiro, depois que sua família vendeu o engenho Pau
d'Arco. Em 1911 é nomeado professor de Geografia, no Colégio Pedro II.
Durante
sua vida, publica vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912 publica seu
único livro "EU", que causou espanto, nos críticos da época, diante
de um vocabulário grotesco, na sua obsessão pela morte: podridão da carne,
cadáveres fétidos e vermes famintos. Como também por sua retórica delirante,
por vezes criativa, por vezes absurda, como neste trecho do poema
"Psicologia de um vencido": "Eu, filho do carbono e do
amoníaco,/ Monstro da escuridão e rutilância,/ Sofro, desde a epigênese da
infância,/ A influência má dos signos do zodíaco".
Em
1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira,
em Leopoldina, Minas Gerais, para onde se muda. Nesse mesmo ano, depois de uma
longa gripe, é acometido de uma pneumonia.
Augusto
de Carvalho Rodrigues dos Anjos morre em Leopoldina, Minas Gerais, no dia 12 de
novembro de 1914.”
http://www.e-biografias.net/augusto_anjos/
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