segunda-feira, 18 de julho de 2016

TURQUIA







PARTURIENT MONTES, NASCETUR MUS!

 Certo dia, uma Montanha começou a dar urros e inchar, dizendo que iria parir. O povo ficou cheio de temor, receoso de que algum monstro nascesse e viesse a destruir o mundo. Chegada à época do parto, estando todos reunidos em torno e em suspense, a Montanha pariu um Rato, transformando em riso o que antes era medo.
Hoje assistimos mais uma vez uma falsa montanha parir. Desta vez lá na Turquia. Só que invés de rato, pariu um DITADOR sanguinário, posto por inocentes eleitores, que acreditaram que a Esquerda Marxista/Comunista, pode dar a luz a uma Democracia!
G. Maracajá Henriques

O parto da montanha.

Fábula de Esopo.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

ADOÇÃO



UM OLHAR ESPÍRITA SOBRE A ADOÇÃO


Estou escrevendo este artigo na data em que se celebra o Dia da Adoção. Para nos fundamentarmos para a reflexão sobre o assunto, recordemos o início do diálogo entre Jesus e Nicodemos, registrado no capítulo 3, versículos de 1 a 17, do evangelho de João.
Narra o evangelista que havia um fariseu chamado Nicodemos (nome que significa: homem do povo), que era uma autoridade entre os judeus e que foi ter com Jesus certa noite, quando afirmou: “Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo se Deus não estiver com ele”, e antes que fizesse qualquer pergunta Jesus lhe disse: “Em verdade vos digo que ninguém poderá ver o Reino dos Céus se não nascer de novo”.
Nicodemos estranha aquela informação e, porque tinha compreendido que o mestre lhe falara de voltar à carne, questiona: “Como alguém velho como eu poderia entrar de novo no ventre de sua mãe?”.
O Messias então lhe responde: “O que nasce da carne é carne, o que nasce do espírito é espírito”. E continuam o diálogo...
Hoje é celebrado o Dia da Adoção. Mostrando perfeita sintonia com esse ensinamento do Mestre, os Espíritos superiores responsáveis pela codificação do Espiritismo afirmam a Allan Kardec que não é o Espírito que dá a vida ao corpo físico, mas que apenas o anima, o habita. Quem dá a vida ao corpo é o “fluido vital”.
Assim que um novo corpo é concebido, à medida que suas células vão se multiplicando, essa nova vida vai absorvendo das Energias Cósmicas uma energia específica que manterá a vida desse organismo que se forma, dando, com isso, a condição de um Espírito vir nele habitar, ligação essa, entre espírito e corpo, que já se inicia desde o momento da concepção, conforme nos ensinam os Espíritos superiores. Daí porque o espírita ser completamente contra o aborto.
Da mesma forma, não é porque o Espírito se retira que o corpo morre. Ao contrário, é porque o corpo morre que o Espírito tem de deixá-lo. Confirmando com clareza as palavras de Jesus de que o que é carne é carne, o que é espírito é espírito.
Segundo os Espíritos superiores, o Espírito é criação divina e se dá em outro lugar e não no instante da criação do corpo. O casal que se une apenas gera o organismo físico que servirá ao Espírito que nele vier habitar.
Segundo ainda os orientadores da codificação, quem designa qual Espírito virá habitar o corpo que se forma são entidades espirituais sábias, que trabalham junto aos orbes habitados, colaborando com a obra divina, através de leis específicas. Assim, o Espírito que virá viver na Terra junto a uma família normalmente é alguém que já tem laços anteriores com a mesma, laços esses que podem ser de simpatia ou mesmo de animosidade, vindo com a tarefa da reconciliação. Dizem ainda os benfeitores que é possível que o Espírito que reencarna possa não ter ligações anteriores, mas que venha por necessidades particulares, de maneira que esse primeiro encontro possa ser útil a ambos. Pode ser um Espírito que venha com uma tarefa da qual tenha que desincumbir-se na região onde vive a família que o acolherá.
Voltando ao tema Adoção, a conclusão que podemos tirar com tranquilidade e convicção é de que, independente de qual seja o ventre por onde deva vir a criança, o Espírito que ali reencarna deverá juntar-se à nova família que a adotará, ambos atraídos por leis divinas que tudo provê.
Então, quando estivermos sendo intuídos a adotar uma ou mais crianças, lembremos sempre: O que é carne é carne, o que é espírito é espírito

 José Antônio V. de Paula


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segunda-feira, 6 de junho de 2016

MACHADO D E ASSIS

CEF tirou do ar propaganda com Machado de Assis branco, conforme defendi aqui. Fez bem. Mas chama o escritor de “afro-brasileiro”. Está errado! Então ele também era “euro-brasileiro”…

Por: Reinaldo Azevedo  22/09/2011 às 16:55

Escrevi aqui um longo texto no dia 14 sobre uma propaganda da Caixa Econômica Federal que apresentava um Machado de Assis mais branco do que as asas de um cisne. O título do artigo é este: Considerações sobre o racismo e Machado de Assis. Ou:  O racismo de contestação ainda não suporta preto bem-sucedido. Observava então, entre outras coisas, que não acreditava haver racistas na CEF, mas que a propaganda era, evidentemente, imprópria. Machado era mestiço, não branco. Defendi que a propaganda fosse suspensa porque veiculava uma inverdade. E estranhei o silêncio da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial). Pois bem, o banco anunciou ontem que a propaganda não vai mais ao ar. O presidente da instituição, Jorge Hereda, emitiu uma nota (íntegra no pé do post).
É… Eu sei que muita gente acha a vida chata numa democracia, especialmente as pessoas que exercem cargos públicos. Sempre há alguém reclamando, torrando a paciência, dizendo que as coisas não são exatamente como se anunciam… E ter de agüentar a imprensa, então? Um porre! Há quem ache que a China descobriu o bom caminho. Por lá não tem esse negócio de divergência de idéias. O argumento vencedor é a bala na nuca… Sigamos.
A CEF agiu certo ao suspender a propaganda. Eu mesmo defendi que o fizesse. A razão é simples: Machado não era branco. Ponto! Afirmei que a propaganda, querendo ou não, concorria para a invisibilidade dos negros e mestiços. A Seppir também emitiu uma nota a respeito. O curioso é que o tenha feito só no dia 19 — o meu post é do dia 14…
Leiam a nota da CEF. Volto em seguida.
“A Caixa Econômica Federal informa que suspendeu a veiculação de sua última peça publicitária, a qual teve como personagem o escritor Machado de Assis. O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial.
A CAIXA reafirma que, nos seus 150 anos de existência, sempre buscou retratar, em suas peças publicitárias, toda a diversidade racial que caracteriza o nosso país. Esta política pode ser reconhecida em muitas das ações de comunicação, algumas realizadas em parceria e com o apoio dos movimentos sociais e da Secretaria de Política e Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) do Governo Federal.
A CAIXA nasceu com a missão de ser o banco de todos, e jamais fez distinção entre pobres, ricos, brancos, negros, índios, homens, mulheres, jovens, idosos ou qualquer outra diferença social ou racial
Jorge Hereda
Presidente da Caixa Econômica Federal”
Voltei
Pois é… Como a democracia é chata mesmo, critiquei a propaganda e agora faço reparos à nota de Hereda. A CEF não tem de veicular um filme publicitário em que aparece um Machado branco —  porque ele não era branco — nem tem de se desculpar recorrendo à linguagem militante. Essa história de “afro-brasileiro” é discriminação às avessas. Que a turma ligada a uma causa de fundo ideológico adote o vocabulário, vá lá. Um banco público tem de ficar fora disso. Machado era um mestiço brasileiro, a exemplo de mais de 40% da população hoje em dia. E mestiços são tão “afro-brasileiros” como “euro-brasileiros”. Ou eu perdi alguma coisa? O pai do escritor era descendente de negros e brancos; a mãe era açoriana, e a “origem racial” de nosso maior escritor era uma só:  a “raça humana”.
O Brasil tem hoje algo em torno de 6% de negros, pouco mais de 44% de mestiços e pouco menos de 50% de brancos. A militância junta os dois primeiros grupos e afirma que o Brasil é um país com maioria negra. Como é que mestiço se torna “negro”? Dizem os militantes que é sua condição social que determina a classificação — condição essa que seria condicionada pelo preconceito por causa da cor da pele. É a sociologia do chute e do achismo. Ora, se esse critério fosse bom, então a propaganda da CEF estaria certa. Afinal, no que dizia respeito às condições sociais e ao prestígio de que gozava já em seu tempo, Machado pertencia à elite brasileira, composta, na sua maioria, de brancos — embora a maioria dos brancos também fosse pobre no fim do século 19… Fosse assim, a CEF não teria o que corrigir, certo? Afinal, segundo esse critério vesgo, o escritor seria, de fato, branco!
Eu pedi, como deixei claro naquele dia, que a propaganda fosse tirada do ar porque veiculava uma informação errada, que contribuía para omitir, inclusive, um dado positivo de nossa formação: uma sociedade profundamente marcada pela escravidão rendeu-se ao talento de um escritor mestiço. Existe mais preconceito de classe no Brasil do que preconceito de cor ou de origem — constatação que os racialistas detestam, sei disso.

A CEF não precisa aderir à linguagem do racialismo para fazer justiça a Machado, aos mestiços e aos negros. Basta ser fiel à história.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

PEDRA ENCANTADA


- O autor tempos atrás -
14 de maio de 1838 – 14 de maio de 2016
178 anos da hecatombe da Pedra do Reino

Para relembrar a história da Pedra, nesta data, fui cutucar nos meus arquivos e encontrei minhas primeiras anotações sobre o caso.
Meu primeiro contato com a história da Pedra Bonita, Pedra do Reino ou Pedra Encantada, se deu com essa personagem há mais de trinta anos atrás. Tempo depois se tornou, minha dissertação (TCC) no curso de História na Universidade Estadual Vale do Acaraú e atualmente estou construindo, um texto literário, remontando a genealogia dos personagens, onde só se sabe que o Antonio Pedro era um mameluco vindo da Paraíba. O resto quem viver verá...

HISTÓRIA DE PEDRA BONITA
De tanto ouvir Tatiz (Beatriz Pereira Neves) tia de minha esposa, falar sobre a batalha da Pedra do Reino me deixava tão curioso que puxava conversa com ela insistentemente até me contar religiosamente como acontecera tudo.
Naquela época já na casa dos setenta anos ou mais. Hoje, com um século de experiência vivida, lúcida e bonita, apenas o que mudou na sua vida foi sua residência. Antes morava numa casa própria, com todo conforto, onde era dona da sua vontade. Hoje, aos cuidados de médicos, alugou um apartamento no hospital do seu sobrinho para ser mais bem assistida.
Nasceu no dia 17 de janeiro de 1910 na cidade de Jardim sul do Ceará, no sítio Belo-Horizonte (em casa construída por seu pai e que ainda continua em perfeito estado de conservação, onde hoje mora minha sogra com sua família); debaixo das asas protetoras da Chapada do Araripe, onde sempre corre forte e saudável refrigério, de inverno a verão e que sustenta vários engenhos de rapadura.
Diplomada pelo Colégio das Dorotéias em Fortaleza. Voltando a sua cidade natal, ensinou a centenas de alunos no Grupo Escolar de Jardim, até à sua aposentadoria.
Toda vez que eu ia a passeio a Jardim, tinha por obrigação de visitá-la, para vê-la e para ouvi-la contar histórias verídicas da sua família: Os Pereiras: Onde tinha de Barão a Cangaceiro (Barão do Pajeú e os lendários Sinhô Pereira e Luis Padre) tinha quase tudo escrito em agendas e cadernos, mas nunca precisava deles para narrar essas histórias, sabia tudo de cor, é uma autêntica historiadora.
Um dia ela me mostrou numa agenda o que havia escrito sobre a Pedra do Reino; a qual xeroquei e transcrevo agora ipsis litteris:
Nota – Desencarnou em 2012.

Beatriz Pereira Neves
(Manuel Pereira era irmão do meu avô materno Joaquim)

Questão de Pedra Bonita – hoje Pedra do Reino
Este histórico é resultado de uma pesquisa em livro de Gustavo Barroso, Dr. Antonio Áttico de Souza Leite, Pe. Correia de Albuquerque, do vaqueiro de Manoel Pereira* (José Gomes) testemunha ocular e de minha mãe, filha de um dos combatentes.
Desde 1819 era pregado nos sertões, em versos ou falsas histórias a ressurreição de D. Sebastião, rei de Portugal, desaparecido na batalha de Alcácer Quibir. #
Perto de Vila Bela, hoje Serra Talhada e, distante mais ou menos 14 léguas da fazenda Carnaúba de Joaquim Pereira (meu avô materno) existem um cenário adequado à tragédia que se ia desenrolar.
Ali naquele sertão de solo áspero encontram-se duas torres de pedra, uma com 150 palmos ou 30 metros de altura e outra com 148 palmos ou 29 metros. Uma delas é coberta de mica brilhante, recebeu o nome de Pedra Bonita. Entre as duas, há um corredor arejado e claro. Ao pé de uma delas, larga área formada por 3 grandes lajes que se apóiam nas duas torres. Depois um amontoado de rochas com um terraço em cima. Do outro lado uma laje baixa lembrando um altar, e pouco adiante uma vasta caverna com a capacidade para 200 pessoas e em derredor muitos catolezeiros, que ao sopro do vento produzem sons que parecem verdadeiros gemidos.
No começo do ano de 1836 apareceu nesta região um caboclo chamado João Antonio dos Santos, que diziam ter vindo do Catolé do Rocha, Paraíba, o qual mostrava aos habitantes ignorantes daquelas brenhas umas pedrinhas bancas e brilhosas; dizendo serem brilhantes de uma mina oculta que descobrira. Lia também trechos em versos de um velho folheto sebastianista no qual se contava que D. Sebastião desapareceu na batalha Alcácer Quibir ressuscitaria quando se lavasse com sangue humano aquelas pedras erguidas no campo, e “quando João se casasse com Maria”, aquele reino desencantaria. Logo João Antonio casou-se com uma jovem chamada Maria, e começou a receber a maior sagacidade, dos moradores da redondeza, gado, dinheiro, etc., dizendo que seriam devolvidos em dobro, por El Rei D. Sebastião.
Seduzidos pelas promessas da mina de diamante, afluía gente de toda aquela redondeza para o local misterioso. A pedra chata começou a servir de altar. O terraço passou a ser a tribuna de onde o sagaz João Antonio pregava para o povo pulando que nem um cabrito. A caverna grande se chamava casa santa e era abrigo dos fanáticos. A pequena, o santuário. Seu próprio pai Gonçalo José dos Santos, seu irmão Pedro Antonio e seus tios e parentes Carlos Vieira e irmãos, José Maria Juca e João Filé, seus cunhados João Ferreira, acreditaram piamente e espalhava o novo credo, o mais que podia; assim foi atraindo gente de Piancó, dos Inhamúns, do Cariri, do Riacho do Navio, das duas margens do São Francisco, etc. As pessoas mais esclarecidas, alarmadas com as teorias empregadas em tais reuniões, reclamaram a presença do velho missionário Francisco José Correia de Albuquerque, pedindo nova missão. Este veio instalou-se na fazenda Cachoeira, perto da Pedra Bonita, e mandou chamar João Antonio dos Santos à sua presença, o qual depois de ouvir o padre, confessou publicamente os embustes de que lançara. Não lhe entregou as pedrinhas brilhosas, e prometeu ir embora, o que o fez, seguindo para o Rio do Peixe, daí para os Inhamúns, sendo preso anos mais tarde no interior de Minas Gerais.
Na sua ausência o seu cunhado João Ferreira, assumiu o seu lugar proclamando-se rei do reino encantado e João Antonio, embusteiro nato, de longe instruía. João Ferreira usava na cabeça uma coroa de cipó de japecanga e falava ao povo do terraço da pedra, cantando e pulando como um possesso do demônio. Em seguida levava-os para a Casa Santa onde bebiam o vinho encantado, uma composição de jurema e manacá com que se embriagam até cair.
Ali Frei Simão, que na era outro senão seu primo Manoel Vieira, que se fez de frade, fazia casamento e em seguida entregava a noiva ao Frei para ser dispensada, dispensa esta, que consistia em passar à noiva a 1ª. Noite com o Rei, que no dia seguinte a entregava ao marido, já dispensada. Terminada a bebedeira os fanáticos fumavam cachimbos para verem as riquezas, segundo dizia José Gomes, testemunha ocular, que contava também, que todos os dias seu Tio José Joaquim em companhia de outros, saia e quando voltavam por caminhos furtados traziam homens, mulheres e cães que encontravam; como sucedeu com ele.
Sempre que o rei João Ferreira pregava, dizia que seu cunhado, o rei João Antonio, estava reunindo gente no cariri, de onde, voltaria brevemente para ajudá-lo na restauração do reino e que aquele reino era encantado e só desencantaria quando as pedras e os campos vizinhos fossem banhados com o sangue de inocentes, jovens, velhos e irracionais. Isto era necessário não só para apressar a vinda de D. Sebastião, trazendo as riquezas, como também, para que as criaturas ali imoladas ressuscitassem com todas as vantagens: brancas, ricas, poderosas, moças e imortais. Os cães se levantariam como valentes dragões para devorarem aqueles que não acreditassem.      Então começou a matança que durou 3 dias: 214,15 e 16 de maio de 1838. Na manhã do dia 17 o rei João Ferreira foi destronado, porque Pedro Antonio, irmão de João Antonio, o fundador deste embuste, tremendo, subiu ao terraço da pedra e disse ter sonhado com D. Sebastião, dizendo que faltava somente a presença dele, que era o verdadeiro rei, para o reino desencantar. João Ferreira ao ouvir isto, tremia que nem vara verde e os fanáticos gritavam pedindo sua morte. Os irmãos Vieira agarraram-no e mataram-no, quebrando-lhe a cabeça e extraindo as entranhas. Seu cadáver foi atado a duas árvores fortes por causa dos berros, roncarias e dos sinistros movimentos que ele depois de morto executava com a boca, com o ventre e com os braços. Era de fato um possesso do demônio.
Então Pedro Antonio tomou a coroa e ficou sendo D. Pedro I. A estas alturas já se encontravam em derredor da pedra os cadáveres de 14 cães, 30 crianças que as mães colocavam seus corpos na pedra para serem degolados, na ânsia de vê-los ressuscitados ricos, poderosos e imortais. A idade deles ia de 10 a 8 anos. Havia também os cadáveres de 11 mulheres, estando duas com filhinhos no ventre; 12 homens que morreram de espontânea vontade, e o do rei João Ferreira atado as duas árvore.
No dia da matança fugiu dois meninos apavorados, que foram contar ao fazendeiro de Poços, Manoel Ledo, o que estava ocorrendo na Pedra Bonita. Neste mesmo dia 14 de maio, fugiu também amedrontado José Gomes, (o vaqueiro de Manoel Ferreira de Serra Talhada), que se achava sumido há vários dias e presumiam que ele estivesse lá, o que realmente aconteceu. No campo, o vaqueiro encontrou Alexandre Pereira, irmão do seu patrão (Manoel Pereira) e atemorizado que vinha gritou: não me mate seu Alexandre. Este respondeu: tu és besta, negro, que mal te posso fazer? Monta aqui na garupa do meu cavalo. O vaqueiro obedeceu e cravou-lhe um punhal nas costas.
Manoel Pereira que já era sabedor do que estava se passando na Pedra Bonita, dos roubos de gado etc. e com a morte do irmão (dia 14 de maio) no dia 18 de maio de 1838 reuniu seus oito irmãos: Antonio, Cipriano, Francisco, João, Joaquim, (meu avô materno) Sebastião, Simplício, Vitorino e alguns acostados e marcharam sem detença para Pedra Bonita. Não tiveram sorte, porque lá não havia ninguém. Os fanáticos não suportando a fedentina dos cadáveres em putrefação, haviam se retirado para uns umbuzeiros um pouco distante. Dirigiram-se para lá e deram com o rei Pedro Antonio com uma coroa de cipó de japecanga à cabeça, nu da cintura para cima, comandando grande número de homens, mulheres e meninos armados de facão e cacetes.
Os fanáticos investiram como verdadeiras feras contra aquele punhado de homens, aos gritos de: viva El Rei D. Sebastião. Travou-se luta tremenda entre o diminuto grupo de Manoel Pereira e o aluvião de endemoniados, dos quais 16 foram mortos, inclusive o próprio rei. Manoel pereira perdeu mais um irmão, Vitorino, que era coxo de uma perna e 4 acostados e houve muitos feridos da parte dos fanáticos. Os sebastianistas recuaram, mas esbarraram com a força do capitão Simplício Pereira (que não foi no grupo dos irmãos, mas pela Serra Vermelha) e chegava em marcha forçada, os atacavam pela retaguarda e deu-se a derrota completa e a maioria rendeu-se, dizendo que se entregavam a Manoel Pereira. Simplício ao saber da morte do irmão Vitorino, dos 4 acostados, além da morte de Alexandre, que o trouxera até ali, indignado, quis linchar todos os prisioneiros, mas Manoel Pereira, apesar da morte dos dois irmãos, não consentiu que tocasse num fio de cabelo dos vencidos e os entregou à justiça. Simplício ficou indignado com a atitude do irmão, mas obedeceu.
Manoel Pereira mandou chamar o Pe. Correia Albuquerque, que veio e mandou abrir grande cova, nela sepultado todas as carcaças e ossadas, diante das duas colunas de pedra e colocou sobre a sepultura grande cruz de madeira tosca.
O satânico João Antonio dos Santos criador desta idéia demoníaca que anos antes se retirara da Pedra Bonita, conforme prometera ao Pe. Correia, mas que de longe instruía os fanáticos, logo que soube do acontecimento de Pedra Bonita, levantou acampamento e mandou um recado a Manoel Pereira, dizendo que vinha voltando para a Pedra do Reino e desta vez era pra valer. Então Simplício Pereira nomeou dos homens da sua confiança, oficial de justiça, (Isidório e outro) e mandou-os ao encontro de João Antonio. Este estava num samba quando chegaram os dois cabras, prenderam-no, algemaram–no e vinham trazendo de volta, mas como a viagem era longa e fatigante, um dos homens adoeceu de maleita, com febre alta, o outro camarada, com medo de adoecer também, pois já começava a sentir ameaça da doença e temendo que o preso usasse de algum sortilégio e os matasse, combinou com o amigo e resolveram matá-lo, o que fizeram no lugar denominado, Lagoa Encantada, 3 léguas antes da Vila de xique-xique e trouxeram as duas orelhas e alguns documentos, a fim de provarem que o haviam matado.
Assim terminou o drama satânico da Pedra Bonita, hoje Pedra do Reino.

Notas sobre o croqui.

1)                25 crianças imoladas de 1 a 8 anos
2)                12 homens
3)                11 mulheres
4)                14 cães
5)                Grupo de fanáticos mortos no combate
6)                Tribuna de pedra onde o rei pregava
7)                Caverna ou casa santa
8)                Cruz de madeira tosca
9)                Catolezeiros
10)            Imbuzeiros, local do combate.
11)            Rampa da matança
12)            Cadáver do rei João Ferreira atado a duas árvores
13)            Duas torres de pedra





quinta-feira, 28 de abril de 2016

O GRANDE DESGOVERNO NO BRASIL VARONIL

O GRANDE DESGOVERNO NO BRASIL VARONIL

Grijalva maracajá Henriques

Abril, 28 de 2016




Aristófanes, meu velho Aristófanes. Parece que você viaja no tempo. Lendo, hoje, “A Paz” que você escreveu há 421 anos antes de Nosso Senhor Jesus Cristo, me confunde. Não sei se hoje foi ontem ou se você escreveu para hoje este peça sobre Trigeu. Que desejava subir aos céus num escaravelho para falar com o deus Hermes para acabar com a bagunça que estava acontecendo na velha Grécia.
Fico pensando, se fosse nos dias de hoje e desse na veneta de Lula tentar fazer o mesmo, para socorrer o governo de Dilma, (parecido com o fim do mundo que Trigeu pensava que estava prestes a acontecer) como Lula faria? Com toda classe que Helias? Subindo num carro azul de glória; como Trigeu, no escaravelho? Acho que não pelo jeitão dele, fedendo a bolor de cachaça?
Vejam que coincidência. Augusto dos Anjos escreveu em resposta a outro imbecil pelas tolices que vinha fazendo. Leiam e compare se não se parecem. Mas, caso tentasse fazê-lo – na sua insana tolice de ser rei – subiria montado num grande Rola-Bosta!
Bilhete Postal

Ilustre professor de Carta Aberta: - Almejo
Que uma alimentação a fiambre e a vinho e a queijo
Lhe fortaleça o corpo e assim lhe fortaleça
As mãos, os pés, a perna et coetera e a cabeça.
Continue a comer como um monstro no almoço
Inche como um balão, cresça como um colosso
E vá crescendo, vá crescendo e vá crescendo,
E fique do tamanho extraordinário e horrendo
Do célebre Titão e do Hércules lendário;
O seu ventre se torne um ventre extraordinário,
Cheio do cheiro ruim de fétidos resíduos,
As barrigas então de cinqüenta indivíduos
Não poderão caber na sua ampla barriga;
Não mais lhe pesará a desgraça inimiga,
O seu nome também não será mais Antonio.
Todos hão de chamá-lo o colosso, o demônio,
A maravilha das brilhantes maravilhas.
As hienas carniçais, as leoas e as novilhas,
Diante do seu vigor recuarão, e diante
Do estribado metal de sua voz atroante
Decerto correrão mansas e espavoridas.
Se as minhas orações forem, pois, atendidas,
O senhor há de ser o Teseu do universo.
Seja um gigante, pois; não faça porém, verso
de qualidade alguma e nem também me faça
Artigos tresandando a bolor e a cachaça,
Ricos de incorreções e de erros de gramática,
Tenha vergonha, esconda essa tendência asnática,
Que somente possui o seu cérebro obtuso -
Esconda-a, e nunca mais se exponha a fazer uso
Da pena, e nunca mais desenterre alfarrábios.
Os tolos, em geral, são tidos como sábios,
Que sabem calar-se e reprimir-se sabem,
O senhor é papalvo e os papalvos não cabem
No centro literário e no centro político.
Respeite-me, portanto!
O Poeta Raquítico.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

LEGIONÁRIOS

A VIDA DOS LEGIONÁRIOS ROMANOS

Durante os mais de vinte anos que durava seu serviço militar, os legionários viviam em áreas de fronteira, sujeitos a uma disciplina severa. Muito do aconteceu com estes combatentes no passado, faz parte da rotina de vários quartéis pelo mundo afora.
“Um homem que se alista no exército muda de vida completamente. Para de ser alguém que toma suas próprias decisões e embarca numa nova vida, deixando para trás a anterior”.
O grego Artemidoro de Daldis, também conhecido como Artemidoro de Éfeso, que viveu na segunda metade do século II D.C., explicou em seus escritos a mudança drástica da sua vida quando se tornou um legionário romano.
Naqueles tempos muitos queriam seguir por esse caminho, pois além da demanda por soldados ser intensa em meio a tantas guerras, a carreira oferecia muitos incentivos aos candidatos. Roma precisava a cada ano de 7.500 e 10.000 novos recrutas e a vida no exército garantia comida, abrigo e um salário que, se não fosse bem superior ao de um trabalhador livre, tinha a vantagem de ser corrigido.
Havia também atendimento de saúde, oportunidades de promoção interna, bem como certos privilégios ao lidar com processos judiciais.
Durante o serviço o combatente romano poderia aprender uma profissão, aprender a ler e escrever e receber uma melhor assistência médica do que a média dos outros romanos. Além disso, o graduado receberia uma quantia de dinheiro ou terras ao fim da carreira.
Naturalmente não faltavam exigências: o legionário devia obedecer às ordens sem contestação, onde suas faltas eram punidas com fortes castigos corporais e a pena de morte era aplicada sem grandes opções de defesa. Também eles não podiam se casar legalmente, embora na prática muitos soldados tivessem mulheres e filhos não reconhecidos oficialmente.
A vida no campo
Tal como hoje em qualquer exército, para um homem entrar numa Legião Romana (Romana Legio, em latim) tinha de cumprir uma série de requisitos verificados pelos oficiais de recrutamento. Como o serviço durava cerca de vinte e cinco anos, o candidato tinha de ser jovem, com não mais de vinte anos de idade. Era dada preferência aos homens do campo, porque eles viviam em condições duras e eram naturalmente preparados ​​para aguentar mais facilmente os rigores da vida militar.
A altura ideal de um recruta para infantaria, ou cavalaria, variou entre 1,72 e 1,77 metros de altura, embora não eram rejeitados aqueles mais baixos, mas tinham que ser fortemente constituídos. No final do Império a exigência de altura caiu para 1,65.
Uma certa simplicidade e ignorância também eram necessários a este militar, com vista as fileiras não terem homens que questionassem as ordens recebidas. Mas, para ocupar cargos administrativos, isso não excluía alguns recrutas que tivessem educação em letras e números.
Era muito valioso para as Legiões aqueles que trouxessem da vida civil uma profissão e habilidades úteis para a vida nos acampamentos, como ferreiros, carpinteiros e caçadores. Alguns fizeram uso de cartas de recomendação escritas por pessoas influentes, em que as suas competências foram exaltadas.
Após o recrutamento o legionário estava destinado a sua unidade, inicialmente em um pequeno quartel localizado nas brenhas do Império Romano, onde o novo militar viveria de uma forma totalmente diferente do ambiente civil.
Estes aquartelamentos tinham uma estrutura comum, embora cada um pudesse apresentar as suas próprias particularidades.
Normalmente sua forma era retangular e sua extensão cobria cerca de vinte ou vinte e cinco hectares. Havia duas ruas principais: a via principalis, que ficava no centro e nas laterais do campo; e a via praetoria, que era a entrada principal, que seguia até o coração do acampamento. No centro geralmente ficava a sede administrativa da unidade militar, o comando. No mesmo ponto poderia haver uma grande praça, um pórtico, ou um templo. Este último era o espaço mais prestigiado, onde altares, estátuas e bustos de imperadores ficavam expostos e mantidos, além dos padrões e a águia que representava a Legião.
Ao lado destas dependências normalmente ficava a residência do comandante, sempre de qualidade superior, onde este vivia com sua família e sua comitiva de escravos. Aos centuriões e legionários sobravam as dependências comuns e coletivas do quartel.
O hospital (do latim “hospes”, que significa hóspede, dando origem a “hospitalis” e a “hospitium”) era um edifício essencial.
Ali era comum a presença dos soldados atingidos por ferimentos de combate ou, mais comumente, por doenças e acidentes da dura rotina diária. O hospital costumava ter um pátio central, em torno do qual os alojamentos para os enfermos estavam prontos. Os militares eram assistidos por médicos militares com certo grau de profissionalismo. As descobertas de instrumentos médicos e informações de receitas criadas por médicos militares indicam uma maior qualidade de cuidados que os militares recebiam em relação a um civil que não tinham recursos para pagar um médico particular.
Muitos soldados viviam em longos barracões, onde era normal serem alojados cerca de cinquenta homens, que por sua vez eram subdivididos em grupos de dez. Cada um desses grupos, chamados Contubérnio, tinha duas pequenas salas, com cerca de cinco metros quadrados cada: uma para a guarda de bens pessoais e armas e outra que servia como dormitório.
Embora possa parecer um pequeno lugar para viver, era muitas vezes melhor do que as condições de habitação que viviam os civis romanos de baixa renda. Mas também na maioria das vezes os soldados estavam sempre em suas tarefas diárias fora do quartel.
O centurião tinha o seu alojamento em quartos mais espaçosos, em uma extremidade da unidade militar e sua missão era comandar. Muitos centuriões buscavam uma positiva convivência com seus homens nos quarteis, mas muitos agiam duramente e com muita brutalidade e arbitrariedade. Alguns centuriões utilizavam pedaços de madeira para punir adequadamente as faltas dos soldados, ou durante os treinamentos. O historiador Públio Cornélio Tácito, ou simplesmente Tácito, deixou escrito a história de um centurião chamado Lucílio, extremamente cruel com seus comandados. Este costumava quebrar fortes pedaços de pau nas costas dos subordinados como forma de disciplinar. Era tão cruel que foi morto em um motim.
Um suborno no momento certo poderia fornecer benefícios, como uma folga desejada, expandir uma já concedida, ou fazer com que o soldado recebesse tarefas mais confortáveis. Em uma carta de um soldado chamado Claudio Terenciano Mauro, atestava que no exército “nada era conseguido sem dinheiro”.
Tarefas e manobras
Ficaram cuidadosamente registradas para a posteridade as atividades diárias da Terceira Legião. Este grupo militar ficava baseado na região da Cirenaica, na costa oriental da moderna Líbia e as informações que chegaram até nossos dias consistia das atividades dos soldados durante os primeiros dez dias de um mês de outubro, no final do primeiro século D.C..
Tal como nos atuais quarteis pelo mundo afora, era dada muita importância aos turnos de guarda, aos componentes da vigilância do aquartelamento, da disposição dos homens na área, etc.
Havia legionários que eram responsáveis ​​pela manutenção dos calçados, armas, latrinas e banheiros. Outros realizavam escoltas de oficiais, em tarefas fora do acampamento, ou executando patrulhas nas estradas.
Além de tarefas individuais os soldados treinavam muito, tanto de maneira individual, ou em grupo. Realizavam pesadas marchas de desempenho e formação de grupos de ataque e defesa. Os vários exercícios e manobras eram realizados com tal rigor que no primeiro século D.C., o historiador judeu Flávio Josefo comentou admirado que os exercícios pouco diferissem da própria guerra, onde cada soldado se exercitava todos os dias, com a maior intensidade possível.
Comida, entretenimento e religião.
Legionários faziam duas refeições por dia: café da manhã (prandium) e jantar (jantar), o principal, no final do dia. A dieta básica de um legionário consistia basicamente de cereais (principalmente trigo), carne, verduras, legumes, lentilha e feijão. A caça e a pesca realizadas próximo aos acampamentos poderiam contribuir para uma melhor alimentação. Às vezes os soldados pediam nas cartas aos seus familiares que estes lhes enviassem comida extra. Os oficiais tinham uma maior variedade, qualidade e quantidade de alimentos. Para beber havia água, cerveja e vinho azedo. O fato de cozinhar e comer juntos proporcionava muita camaradagem entre os soldados romanos.
O legionário tinha várias opções para aproveitar seu tempo livre. Uma delas era os locais de banho, como as fontes, rios e lagos próximos aos acampamentos. Eram locais adequados não só para a higiene e descanso, mas também para a vida social e jogos de azar.
Eles poderiam ir para as comunidades que surgiam na sombra dos grandes aquartelamentos, que foram chamados canabae. Havia sempre os comerciantes ansiosos para aliviar os bolsos dos legionários, tabernas para beber, jogar e até os prostíbulos. Mas nestas comunidades também viviam as famílias dos legionários, embora pareça que estes também pudessem ter habitado dentro dos acampamentos.
Estes locais tornaram-se ao longo do tempo as vici (aldeias) e deram origem a cidades. Alguns acampamentos possuíam um anfiteatro, como em Caerleon (ao norte da cidade de Newport, Gales do Sul, Grã-Bretanha), em que, além de lutas de gladiadores, ou caçar animais selvagens, eram realizadas paradas militares e exibições de lutas pelos próprios legionários.
O exército romano não negligenciava a vida religiosa de seus soldados, o que servia como um aglutinador entre as pessoas de diversas origens e favorecia o equilíbrio pessoal. Cerimônias religiosas em honra dos deuses e divindades oficiais, como Júpiter, eram incentivadas. Os feriados religiosos eram também uma válvula de escape para a rotina diária e permitia alguma flexibilização dos costumes. Oficiais, ao lado dos simples soldados, podiam adorar os deuses em particular harmonia.
A fim de alcançar a adesão e lealdade dos legionários a Roma e ao imperador que estava no poder, eram comuns as festas pela ocasião do aniversário do imperador, ou a celebração da fundação de Roma.
Como um incentivo em sua vida militar o legionário romano tinha um salário regular, que sob o Imperador Augusto ascendeu a 225 pence por ano. Este montante que aumentou gradualmente à medida que o avanço do Império Romano foi acontecendo. Embora neste pagamento houvesse deduções ocasionadas pela alimentação, manutenção de equipamentos e outras despesas, aparentemente muitos soldados conseguiam economizar até vinte e cinco por cento do salário anual. Além disso, o aumento no efetivo do exército implicou em um aumento considerável no dinheiro circulante nos quartéis salário, fazendo com que um centurião pudesse ganhar mais com subornos pagos pelo maior número de soldados.
Como a renda adicional os legionários tinham ocasionalmente contribuições extraordinárias pagas pelos imperadores. Isso acontecia por vontade dos mandatários romanos, por vitórias, ou em ocasiões especiais. Nestas ocasiões as tropas foram pagas proporcionalmente, de acordo com a patente militar.
O prêmio de uma vida de serviço
Afora a morte, que não era algo nada excepcional naqueles tempos, existiam três maneiras do militar de deixar a sua Legião.
O primeiro era resultado de uma grave doença, ou lesão que deixava o combatente inútil para o exército. A chamada (missio causaria). Nesse caso, tal como hoje, o legionário era licenciado após um rigoroso exame de sua condição.
O segundo caso era por haver cometido atos criminosos que provocavam a sua dispensa desonrosa e desqualificação de qualquer serviço imperial. Conhecida como (missio ignominiosa).
Por fim havia os legionários, cerca de metade do efetivo, que conseguiram sobreviver aos vinte e cinco anos, ou mais, de serviço e eram licenciados com honra (missio honesto).
Uma vez licenciados estes homens tinham uma série de direitos e privilégios como cidadãos e veteranos.
Eles estavam isentos de muitos impostos e recebiam um tratamento preferencial em relação à justiça. Se quisessem eles também poderiam legalizar seu estado civil. Estes combatentes recebiam um documento escrito, que declarava a sua dispensa. Alguns destes militares se destacavam tanto que recebia um diploma de bronze, com o detalhamento do seu status legal como soldado veterano.
O licenciamento permitia aos legionários “voltarem para suas casas”. Mas muitos não voltavam para lugar algum, pois durante a sua vida aquilo que significava “casa” sempre foram seus quartéis.
Muitos receberam terras perto de seus acampamentos, ou na região onde eles tinham servido. As parcelas de terras reservadas para cada licenciado eram delimitadas por técnicos agrários, em um processo chamado centuriação. Isso era interessante, especialmente se eles tinham casado com mulheres das regiões dos aquartelamentos.
Aqueles que tinham sido centuriões poderiam desfrutar de uma boa posição na cidade onde eles decidiram fixar sua residência e até atingir os mais altos escalões do judiciário local. Outros investiam suas economias visando abrir um negócio; por exemplo, a venda de cerâmica, ou espadas.
Mas diferentemente dos centuriões, os legionários veteranos, mesmo com certos reconhecimentos por parte do Império, normalmente tinha uma vida muito dura no fim de sua existência. Na maioria dos casos muitos terminavam com o corpo mutilado pelas feridas, com saúde limitada, recebendo salários miseráveis ​​que recebiam em troca de uma vida de dedicação e lutas. Mas, por incrível que possa parecer, estes soldados viviam melhor do que muitos civis pobres do Império Romano.
29/03/2016 ROSTAND MEDEIROS           
Fonte – http://www.wikiwand.com/








sexta-feira, 1 de abril de 2016

PESCADORES CRIMINOSOS

PESCADORES CRIMINOSOS

Catástrofe! O MAIOR CRIME AMBIENTAL DO BRASIL! (Não é o de Mariana/MG, não). Um tubarão encontrado a beira da praia de João Pessoa/Paraíba, foi retirado por três banhistas que evitaram no futuro, viesse a atacar alguma criança indefessa.    Fizeram o maior carnaval da história praísta. Algum Zé Bedégua filmou; colocou nas redes sociais e dai prá frente apareceu todos os órgãos meio-ambientalistas e mais um monte de gente tola. Foram presos e processados por ter retirado o bichinho pela calda. Violência contra o assassino dos mares. Já diziam que a roda grande ia passar por dentro da roda pequena... Acredito piamente que já passou mesmo!
(Pedro, tu deverias ter deixado o Lula ter descoberto nosso Brasil varonil).

Oco do mundo, 01 de Abril de 2016.

Zé Cachorro

domingo, 21 de fevereiro de 2016

CAPELA



Emmanuel informa, no livro “A Caminho da Luz”, psicografia de Chico Xavier, que há cerca de dez mil anos um planeta do sistema de Capela, situado na Constelação de Cocheiro, passava por decisivas reformas, consolidando importantes conquistas morais. Diríamos que se efetuava ali a transição anunciada para o próximo milênio na Terra: de “Mundos de Expiações e Provas”, onde consciências despertas trabalham incessantemente em favor da própria renovação.
No entanto, uma minoria agressiva, recalcitrante no mal, barulhenta na defesa de suas ambições, ainda que requintada intelectualmente, retardava a esperada promoção.
Decidiram, então, os gênios tutelares que governam aquele orbe confiná-los em planeta primitivo, onde estariam submetidos a limitações e dificuldades que atuariam como elementos desbastadores de sua rebeldia.
A escolha recaiu sobre a Terra, cujos habitantes praticamente engatinhavam nos domínios do raciocínio, e que de pronto beneficiaram-se com a encarnação dos capelinos. Inteligentes, dotados de iniciativa e capacidade de organização, dispararam um notável surto de progresso. No curto espaço de alguns séculos a Humanidade aprendeu a cultivar a terra, concentrando-se em cidades, aprimorou a escrita, inventou os utensílios de metal, domesticou os animais...
A presença dos Capelinos explica o espantoso “salto evolutivo” que ocorreu naquele período, chamado neolítico, que ainda hoje inspira perplexidade aos antropólogos.
Concentrando-se em grupos distintos, explica Emmanuel, eles formaram 4 grandes culturas: egípcias, hindu, israelense e europeia, que se destacaram por extraordinárias realizações.
É interessante salientar que nos princípios religiosos desses povos há a referência à sua condição de degredados, particularmente nas tradições bíblicas do paraíso perdido.
Depurados após milênios de duras experiências, os Capelinos regressaram ao planeta de origem. Com a nova migração, as civilizações que edificaram perderam consistência, sucedidas por culturas menores, filhas do homem terrestre.
Informações da espiritualidade nos dão conta de que estamos às vésperas de dois surtos migratórios em nosso planeta.
O primeiro, marcado pela encarnação de espíritos altamente evoluídos, que pontificarão em todos os campos do conhecimento, num grandioso renascimento moral e espiritual da Humanidade. Virão de esferas mais altas, preparando a promoção da Terra para Mundo de Regeneração.
O segundo será constituído por milhões de Espíritos acomodados, comprometidos com o mal, que se recusam sistematicamente ao esforço por ajustarem-se às Leis Divinas, semelhante à minoria barulhenta de Capela. Confinados em mundos primitivos, também aprenderão, à custa de muitas lágrimas, a respeitar os valores da Vida, superando seus impulsos inferiores.
Teremos, então, a decantada Civilização do Terceiro Milênio, edificada sob inspiração dos princípios redentores do Cristo, nosso Governador espiritual.
A “senha” que nos habilitará a permanecer na Terra nesse futuro promissor está definida na terceira promessa de “O Sermão da Montanha”: “Bem-aventurados os mansos e pacíficos, porque herdarão a Terra.”
A mansuetude, característica do indivíduo que cumpre a lei, que observa a ordem, que respeita o semelhante, que superou o individualismo e venceu a si mesmo, superando a agressividade, será o emblema do homem terrestre nesse sonhado Reino de Deus.
Richard Simonetti

Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

REATOR NUCLEAR DE 2 MILHÕES DE ANOS









Pesquisadores descobriram um reator nuclear com 2 milhões anos na África
19 Julho, 2015           História, Ufologia comentários


Se você gosta de ufologia certamente gosta de saber todas as novidades e vive pesquisando sobre isso. Quem gosta desse assunto sabe que coisas estranhas ou como são vulgarmente chamadas “objetos voadores não identificados” estão sempre aparecendo, principalmente desde a massificação da internet e ainda mais agora que qualquer pessoa usa as redes sociais para compartilhar o que acontece no mundo.
UM REATOR NUCLEAR COM 2.000 MILHÕES ANOS
Em 1972, durante uma análise de rotina de urânio, conseguido a partir de uma fonte mineral na África, um empregado de uma fábrica de combustível nuclear, viu algo duvidoso.
Como qualquer urânio natural, o material submetido para analise continha três isótopos, ou seja, três formas com massas atômicas diferentes: de urânio 234 (o mais raro), urânio 238, (a variedade mais abundante) e urânio 235, o isótopo que é desejado, pois pode sustentar uma reação nuclear em cadeia.
Durante algumas semanas, os especialistas da comissão francesa de energia atômica (cea) ficaram perplexos.
O urânio 235 pode ser encontrado em vários outros lugares da crosta terrestre, na lua e até em meteoritos, podemos encontrar átomos que representam somente 0,720 por cento do total.
Porém nas amostras que foram examinadas, que vieram do oklo, depósito no gabão, uma antiga colônia francesa na África ocidental, o urânio 235 constava apenas 0,717 por cento.
Foi essa pequena diferença o motivo suficiente para avisar cientistas franceses que algo estranho estava acontecendo com os minerais.
Estes pequenos detalhes levaram a novas pesquisas que indicaram que ao menos uma parte da mina está abaixo da quantidade regular de urânio 235: 200 kg aparentavam ter sido extraídos num passado longínquo, e atualmente esse montante é mais do suficiente para fazer algumas bombas nucleares. Esta descoberta fez com que cientistas e pesquisadores do mundo inteiro se reunissem no gabão, para investigar o que estava acontecendo com o urânio de oklo.
A descoberta que surpreendeu todos os cientistas e pesquisadores foi que o lugar onde o urânio foi gerado é um reator nuclear subterrâneo avançado, que não era do conhecimento científico atual.
Após varias investigações, os cientistas acreditam que esse antigo reator nuclear tem uma idade aproximada de 1,8 bilhões de anos e é trabalhado por pelo menos 500 mil anos no passado distante.
Os pesquisadores executaram vários outras investigações na mina de urânio e as conclusões foram divulgadas em uma conferência da agência internacional de energia atômica. Segundo várias agências de notícias da África, os pesquisadores encontraram vestígios de produtos de fissão e resquícios de combustível em múltiplos lugares dentro da área da mina.
Comparativamente com este reator nuclear de grande porte, os reatores nucleares modernos não são comparáveis ​​nem em funcionalidade nem em design e segundo os estudos, esse antigo reator nuclear teria quilómetros de comprimento.
Incrivelmente, o choque térmico com o meio ambiente para um grande reator nuclear assim foi reduzido a apenas a 40 metros de todos os lados.
O que os investigadores descobriram e que é ainda mais inesperado, é que os resíduos radioativos ainda não se movimentaram para o exterior dos limites do local e como eles ainda são conservados em tanques naquela área.
O que você acha disso? Você já sabia dessa descoberta?