quinta-feira, 28 de abril de 2016

O GRANDE DESGOVERNO NO BRASIL VARONIL

O GRANDE DESGOVERNO NO BRASIL VARONIL

Grijalva maracajá Henriques

Abril, 28 de 2016




Aristófanes, meu velho Aristófanes. Parece que você viaja no tempo. Lendo, hoje, “A Paz” que você escreveu há 421 anos antes de Nosso Senhor Jesus Cristo, me confunde. Não sei se hoje foi ontem ou se você escreveu para hoje este peça sobre Trigeu. Que desejava subir aos céus num escaravelho para falar com o deus Hermes para acabar com a bagunça que estava acontecendo na velha Grécia.
Fico pensando, se fosse nos dias de hoje e desse na veneta de Lula tentar fazer o mesmo, para socorrer o governo de Dilma, (parecido com o fim do mundo que Trigeu pensava que estava prestes a acontecer) como Lula faria? Com toda classe que Helias? Subindo num carro azul de glória; como Trigeu, no escaravelho? Acho que não pelo jeitão dele, fedendo a bolor de cachaça?
Vejam que coincidência. Augusto dos Anjos escreveu em resposta a outro imbecil pelas tolices que vinha fazendo. Leiam e compare se não se parecem. Mas, caso tentasse fazê-lo – na sua insana tolice de ser rei – subiria montado num grande Rola-Bosta!
Bilhete Postal

Ilustre professor de Carta Aberta: - Almejo
Que uma alimentação a fiambre e a vinho e a queijo
Lhe fortaleça o corpo e assim lhe fortaleça
As mãos, os pés, a perna et coetera e a cabeça.
Continue a comer como um monstro no almoço
Inche como um balão, cresça como um colosso
E vá crescendo, vá crescendo e vá crescendo,
E fique do tamanho extraordinário e horrendo
Do célebre Titão e do Hércules lendário;
O seu ventre se torne um ventre extraordinário,
Cheio do cheiro ruim de fétidos resíduos,
As barrigas então de cinqüenta indivíduos
Não poderão caber na sua ampla barriga;
Não mais lhe pesará a desgraça inimiga,
O seu nome também não será mais Antonio.
Todos hão de chamá-lo o colosso, o demônio,
A maravilha das brilhantes maravilhas.
As hienas carniçais, as leoas e as novilhas,
Diante do seu vigor recuarão, e diante
Do estribado metal de sua voz atroante
Decerto correrão mansas e espavoridas.
Se as minhas orações forem, pois, atendidas,
O senhor há de ser o Teseu do universo.
Seja um gigante, pois; não faça porém, verso
de qualidade alguma e nem também me faça
Artigos tresandando a bolor e a cachaça,
Ricos de incorreções e de erros de gramática,
Tenha vergonha, esconda essa tendência asnática,
Que somente possui o seu cérebro obtuso -
Esconda-a, e nunca mais se exponha a fazer uso
Da pena, e nunca mais desenterre alfarrábios.
Os tolos, em geral, são tidos como sábios,
Que sabem calar-se e reprimir-se sabem,
O senhor é papalvo e os papalvos não cabem
No centro literário e no centro político.
Respeite-me, portanto!
O Poeta Raquítico.

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