sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

 

AS PRESEPADAS DE ANTONIO SILVINO

 

Histórias contadas pelo estimado primo Baltazar Maracajá, já desencarnando, escrito do jeito dele. (Ipsis litteris).

 

 

Antônio Silvino certa vez atacou com um bando, uma fazenda ou casa. O dono desta casa era um homem valente e destemido. Reagiu até acabar a munição. Então o homem abriu a janela e jogou o rifle e disse:

- Acabou-se a munição. Vamos lutar de homem para homem de arma branca.

            Silvino rebentou a porta, porém antes disse:

- Fique sossegado porque eu não vou fazer nada contra você. Um homem como você não se mata e ficaram amigos.

 

Antônio Silvino veio morar em Campina Grande na rua padre Ibiapina. Esta rua é uma rua estreita onde fica a sede da UCES – União de equipe social, que foi fundada pela irmã Ângela Beleza. A UCES coordena todas as associações de moradores – SABES de Campana Grande e Bairros.

 

Sabemos que Antônio Silvino gozava bastante saúde. Nãos sabemos a causa mortais dele. Porém sei que as últimas palavras que proferiu foram estas ditas para a pessoa que lhe assistia.

- Maria ponha um pano e cubra meu rosto!

 

Antônio Silvino era respeitador, mas justiceiro. Certa vez uma negra e um negro que vivia em certo lugar, começou a falar dele. Ele soube e foi na casa deles e mandou ela e o marido dar três umbigadas num pé de cardeiro.

Se é verdade ou não. Só escrevo porque me contaram.

 

Outras histórias de Antônio Silvino.

Perto da cidade de Areia tinha uma travessia e o povo contou para ele que aparecia malassombroso.

Era a cara de um galego desse sarará com uma espada na mão. Silvino disse:

- Eu tenho vontade de ver esse sujeito para saber quem é ele.

Quando Silvino voltou outro dia deixou o bando e foi sozinho ao local da aparição desejando ver este ente do além e repentinamente o sujeito apareceu sorriu para Silvino e disse:

- Agora eu vou te pegar.

- Silvino sacou do parabélum e disparou várias vezes contra o fantasma, ele nada temeu, Silvino tira o punhal e diz

- Agora o punhal galego nojento.

Ambos se atracaram em luta pois o mesmo tinha uma espada na mão, mas Silvino lembrou-se de Deus e fez uma oração mentalmente e ele desapareceu.    

Dizem que certa vez a polícia cercou Antônio Silvino.   

Ele possuía uma oração oculta que dizia:

Nas mãos dos meus inimigos eu sou vulto sou vela e desvelo, sou vulto e desvulto.

Repetia esta prece por três vezes.

Note bem: esta oração é uma oração esotérica da Cruz de Caravaca.

Faz o Pelo sinal também três vezes.    

Lenda ou verdade, conta que ele ia caminhando e foi cercado. Ele proferiu esta oração e ficou transformado em um toco. Então um soldado disse:

- Eita gente olha fogo ali naquele tronco, vamos acender os cigarros.

Dizem que Silvino mandou um recado para o comandante.

- Olha vocês estão muito atrevidos, os seus macacos estão ascendendo cigarros no meu cigarro.

 

                                  

 

 

                     Contada por Manuel Baltazar Maracajá - Ipsis litteris

 

 

 

 

 

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