AS PRESEPADAS
DE ANTONIO SILVINO
Histórias
contadas pelo estimado primo Baltazar Maracajá, já desencarnando, escrito do
jeito dele. (Ipsis litteris).
Antônio
Silvino certa vez atacou com um bando, uma fazenda ou casa. O dono desta casa
era um homem valente e destemido. Reagiu até acabar a munição. Então o homem
abriu a janela e jogou o rifle e disse:
- Acabou-se
a munição. Vamos lutar de homem para homem de arma branca.
Silvino
rebentou a porta, porém antes disse:
-
Fique sossegado porque eu não vou fazer nada contra você. Um homem como você
não se mata e ficaram amigos.
Antônio
Silvino veio morar em Campina Grande na rua padre Ibiapina. Esta rua é uma rua estreita
onde fica a sede da UCES – União de equipe social, que foi fundada pela irmã Ângela
Beleza. A UCES coordena todas as associações de moradores – SABES de Campana
Grande e Bairros.
Sabemos
que Antônio Silvino gozava bastante saúde. Nãos sabemos a causa mortais dele.
Porém sei que as últimas palavras que proferiu foram estas ditas para a pessoa
que lhe assistia.
-
Maria ponha um pano e cubra meu rosto!
Antônio
Silvino era respeitador, mas justiceiro. Certa vez uma negra e um negro que
vivia em certo lugar, começou a falar dele. Ele soube e foi na casa deles e
mandou ela e o marido dar três umbigadas num pé de cardeiro.
Se é
verdade ou não. Só escrevo porque me contaram.
Outras
histórias de Antônio Silvino.
Perto
da cidade de Areia tinha uma travessia e o povo contou para ele que aparecia
malassombroso.
Era a
cara de um galego desse sarará com uma espada na mão. Silvino disse:
- Eu
tenho vontade de ver esse sujeito para saber quem é ele.
Quando
Silvino voltou outro dia deixou o bando e foi sozinho ao local da aparição
desejando ver este ente do além e repentinamente o sujeito apareceu sorriu para
Silvino e disse:
-
Agora eu vou te pegar.
-
Silvino sacou do parabélum e disparou várias vezes contra o fantasma, ele nada
temeu, Silvino tira o punhal e diz
-
Agora o punhal galego nojento.
Ambos
se atracaram em luta pois o mesmo tinha uma espada na mão, mas Silvino
lembrou-se de Deus e fez uma oração mentalmente e ele desapareceu.
Dizem
que certa vez a polícia cercou Antônio Silvino.
Ele
possuía uma oração oculta que dizia:
Nas
mãos dos meus inimigos eu sou vulto sou vela e desvelo, sou vulto e desvulto.
Repetia
esta prece por três vezes.
Note
bem: esta oração é uma oração esotérica da Cruz de Caravaca.
Faz o Pelo
sinal também três vezes.
Lenda ou verdade, conta
que ele ia caminhando e foi cercado. Ele proferiu esta oração e ficou
transformado em um toco. Então um soldado disse:
- Eita
gente olha fogo ali naquele tronco, vamos acender os cigarros.
Dizem
que Silvino mandou um recado para o comandante.
- Olha
vocês estão muito atrevidos, os seus macacos estão ascendendo cigarros no meu
cigarro.
Contada por Manuel Baltazar
Maracajá - Ipsis
litteris
Nenhum comentário:
Postar um comentário