"Momento Difícil"
Artigo de Divaldo Franco publicado no jornal A tarde de 27 de agosto
de 2015.
O mundo está em crise, e o Brasil estertora, conforme o noticiário de
todo instante. Sucedem-se os escândalos, e as surpresas com as pessoas
envolvidas produzem um duplo efeito: desencanto em confiar em indivíduos de
aparente apresentação digna, inimputável, mantenedores, no entanto, de conduta
vulgar e criminosa, assim como a perda da esperança em dias melhores ante a
cultura da desonestidade que campeia à solta. A questão, no entanto, é mais
ampla porque se apresenta com caráter internacional. O ser humano parece ter
perdido o rumo ético, entregando-se aos excessos de toda ordem, revivendo
preconceitos bárbaros que se repetem causando lástima e compaixão.
Haja vista o que o Estado Islâmico está realizando em uma cidade do
Iraque onde se encontram cristãos. Além de destruir todos os monumentos que
honram o passado e são patrimônio da humanidade, estão degolando selvagemente
os adeptos do Cristo, em espetáculo de hediondez, repetindo com mais crueldade
as perseguições promovidas pelo Império Romano durante os três primeiros
séculos do nosso calendário.
Os crimes crescem assustadoramente, e os cidadãos nos encontramos amedrontados, receando as ruas e também a intimidade dos lares, onde os
bandidos se adentram e cometem arbitrariedades. Como mecanismo de fuga, os
brasileiros sorrimos dos comportamentos anedóticos de autoridades que deveriam
zelar pelo idioma pátrio, sem aventureirismos ridículos, através dos veículos
da comunicação virtual. Não serão resolvidos os dramas existenciais com a
zombaria, as reclamações, os doestos. Tornam-se indispensáveis comportamentos
corretos, conscientização de possibilidades de ação através das leis que vigem
no país.
Se cada cidadão e cidadã brasileiros cumprirem com o seu dever,
poderemos restabelecer a ordem e voltar a confiar no futuro. Jesus estabeleceu
uma ética desafiadora que serve de bastão psicológico de segurança: “Não fazer
a outrem o que não gostaria que outrem lhe fizesse.”
Divaldo Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.
#ArtigoDivaldoFranco
Nenhum comentário:
Postar um comentário