A VITÓRIA PIRO DA
MENTIRA.
A mentira que mais foi repetida durante a campanha
eleitoral do ano passado, até a exaustão tal qual um mantra, assegurava que
todos os políticos são iguais. E nesse mantra o que mais impressionava era a
origem dos vocalistas: a esquerda brasileira.
Por mais estranha que seja tal ocorrência, a
esquerda afirmando que os seus quadros eram iguais aos quadros dos demais
partidos, se tornou a estratégia desesperadora de defesa do partido governista
frente às descobertas de que os seus "heróicos" tesoureiros não só
levantavam recursos para as campanhas eleitorais na forma legal, mas de todas
as formas. E, muitas vezes, os recursos financeiros, embora registrados
conforme a lei eleitoral, em verdade tinham origens ilícitas.
E mais ainda, os tesoureiros e os beneficiados
diretos não só utilizavam esses recursos nos gastos de campanha, mas se
apropriavam de uma parte bem mais significativa para os seus tesouros pessoais.
Em suma, tudo que se afirmavam anteriormente sobre
os políticos tidos como da direita, valia para os que mais se exaltaram em
denunciá-los. Sendo que defendendo, hipocritamente, que assim o fizeram para o
bem do trabalhador brasileiro.
Apesar de tudo, havia uma razão, assim a propaganda
eleitoral dizia, para votar nos políticos do partido no poder: eles eram iguais
aos demais, mas eram de esquerda.
Eram os espertalhões da esquerda que venceram os
espertalhões da direita, em uma metáfora de que o podre continuava como sempre
foi, mas alguns pobres agora eram mais ricos do que os antigos ricos.
Nestes novos ricos estava a resposta que os pobres
poderiam continuar dando aos antigos ricos: a grande vitória dos podres de
espírito. Não confundir com o conceito evangélico de pobres em espírito.
Neste quadro de tamanha perplexidade, a propaganda
agressiva e sanguinária da esquerda pela quarta vez venceu as eleições
presidenciais no País. Mas, o pior ainda estava por vim.
A presidente reeleita não sabia para que mesmo foi
a escolhida. Mentiu tanto sobre os outros que terminou por optar em executar o
que ela afirmava ser o "programa de governo" dos seus adversários.
Simplesmente porque não possuía nenhum programa de governo e sabia que manter a
política do seu governo anterior era inviável.
Mas, na campanha, quando cobrada pela ausência de
um programa de governo, ela afirmava que não era necessário porque o seu futuro
governo seria igual ao em exercício. Por isso mesmo era que os trabalhadores
deveriam votar nela. Os demais candidatos oponentes iriam, proclamava a
propaganda política do partido no poder, retirar as conquistas da classe
trabalhadora que, hoje, ela pretende fazer. Na vã ilusão de que, pagando
qualquer preço, continuará ocupando o cargo de Presidente, mesmo sem nenhum
efetivo poder.
Enquanto tudo isso se passa, o seu partido
pretende, sem sair do lugar, voltar a se apresentar como o Partido da Oposição,
libertador das práticas originárias da corrupção. Práticas que este mesmo
partido elevou a categoria de meio de libertação dos trabalhadores.
Um verdadeiro enredo de terror promovido pela Vitória
Piro da Mentira que colocou o corpo político do partido no poder na temperatura
que o conduz à morte.
Hiran de Melo
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