MESTRE DA
UFG DIZ QUE ESCOLA MILITAR DEVERIA INSPIRAR A IMPLANTAÇÃO DE ORGANIZAÇÃO SOCIAL
NA EDUCAÇÃO
Raquel
Teixeira: secretária não resiste à implantação de OSs na educação de Goiás.
O
governo de Goiás busca inspiração em escolas americanas para implantar o
sistema de organizações sociais na rede pública do Estado. Um professor da UFG
disse ao Jornal Opção: “O modelo americano é eficiente, não há dúvida. Mas há
um modelo de menor custo e com ótimos resultados: o das escolas militares. Elas
funcionam bem e garantem alta aprovação em vestibulares”.
O
doutor da Universidade de Goiás, que prefere não se identificar para não ser
patrulhado pelos colegas, sublinha que, na prática, as escolas militares — “que
deveriam ser estudadas sem preconceito pelas faculdades de Educação do país” —
são geridas praticamente no sistema das organizações sociais, “e com alta
eficiência”.
O
professor sugere que a qualidade das escolas militares tem a ver com a
disciplina “implantada” pelos militares. “No caso, disciplina significa rigor
com professores e alunos. Nas escolas públicas sem a presença da Polícia
Militar há registro de absenteísmo de professores. Já nas escolas militares,
que são menos militares do que parecem, exceto na questão da disciplina, os
professores raramente faltam. Os alunos têm aulas todos os dias, os professores
são respeitados e há incentivo crescente aos melhores alunos.”
Para
os alunos, sublinha o professor, as OSs na educação serão positivas. “Eles
terão aulas todos os dias e com a qualidade monitorada.”
O sistema da OSs
deverá ser implantado em 2016, ainda que de maneira gradual, com espécies de
pilotos. O doutor aposta que, no meio do processo, todas as escolas vão clamar
pelo sistema das OSs, como hoje os municípios de Goiás “brigam” pelas escolas
militares. “Há quem diga que a professora Raquel Teixeira é contrária à
instalação de OSs na educação. Não acredito que seja assim. O que ela quer é
que o sistema seja implantado de maneira competente e que os professores sejam
persuadidos de que as OSs significam mais qualidade no sistema educacional, e
não falta de autonomia em sala de aula. Se há resistência não é por parte de
Raquel Teixeira, e sim dos setores corporativos, que são sempre refratários
àquilo que é novo, às vezes apresentado como medida ‘autoritária’ — numa certa
confusão entre ‘autoridade’ e ‘autoritarismo’, e nem se trata de má-fé.”
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