quinta-feira, 30 de maio de 2013





DIÁLOGO SOBRE A MORTE*

- Mestre, - pergunta o discípulo – qual a maior certeza da vida?
- A morte. Ninguém fica para semente.
- Terrível pensar que um dia a Vida se extinguirá em nós!...
- A vida é eterna. A morte é apenas a outra face de uma mesma moeda.
- Deve ser muito triste partir...
- Considere a felicidade de regressar. Na espiritualidade não há as limitações físicas.
- Tenho medo.
- Naturalmente. Há o instinto de conservação e raros conseguem desapegar-se das situações humanas...
- Principalmente da família. Apavora-me a perspectiva de deixar os entes queridos...
- A morte não desfaz as ligações afetivas.
- Mas nos separa...
-... Transitoriamente. Nossos amados também morrerão.
- Tornarei a vê-los?
- Fatalmente. O amor é à força de gravidade das almas. Os que se amam legitimamente permanecem ligados para sempre.
- Não me conformo com a perspectiva de perder tudo.
- A Virtude e a Sabedoria são patrimônios inalienáveis. Sustentam nossa felicidade onde estivermos.
- Existe uma fórmula para definir quando chegará nossa hora?
- A Morte assemelha-se a um ladrão. Ninguém sabe quando virá.
- Como preparar-me?
- Vivendo cada dia como se fosse o último.
- Qual a orientação fundamental? Evitar o mal?
- Muito mais que isso: praticar o bem!
- Alguma prioridade? A família?...
-... Universal. Somos todos irmãos!...
A existência humana é apenas um momento na vida Eterna.
O grande problema é que os homens pretendem fazer desse momento uma eternidade, apegando-se às paixões e interesses do Mundo, distraídos das finalidades de aprendizado e renovação da jornada terrestre.
         Por isso desajustam-se diante da Morte.

*Extraído do livro Endereço Certo de Richard Simonetti.



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