FREI
CANECA
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BRASILEIROS ILUSTRES -
Hoje faz 235 anos, no dia 20 de agosto de 2014, do nascimento de um dos maiores brasileiros, brasileiro mesmo,
pernambucano da gema, nordestino com orgulho que lutou pela libertação do jugo
português, que tiranamente, Pedro Primeiro queria continua após a Independia,
com a cegonha mãe, continuar se esquecendo, que depois de muitos anos de
colonização, aqui no Brasil havia nascidos gente, gente que pensava, gente que
lutava por ideias liberais e republicanos eram brasileiros como ele gostaria de
ser, e sem vínculos reais, mas, sim com vínculos de patriotismo tupiniquim, mesmo,
claro, tendo uma releitura francesa; (mas, exemplos bons é para se seguir)
Morreu com apenas 46 anos de vida indomável. Ele sim era o CARA.
Quase ninguém mais fala dele,
raramente: nos museus de história, nas péssimas aulas de história do Brasil,
nas revoluções de 1817, 1824, passa-se por cima. Aqui em Campina Grande na
Paraíba quem tiver a sorte de visitar um museu em frente da Catedral Diocesana,
onde antigamente fora os Correios e Telégrafos e Cadeia Pública, há de se ter
notícia de sua prisão naquele local. Rendera-se quando ia lá pras banda do Ceará,
onde andava em busca de aliados republicanos que também haviam aderido àquela
causa nobre. No meio do caminho soube da terrível derrota deles e capitulou.
“Deu ré pra trás” entregou-se como homem, soldado de cristo e patriota.
O resto leia de quem sabe contar
melhor do que eu. Mesmo assim aí vão minhas homenagens a este ilustre
Nordestino!
*“A noticia logo se espalhou: o
carrasco havia-se negado a enforcar o prisioneiro, Joaquim do Amor Divino
Rabelo, Frei Caneca. O sacerdote adotara esse nome, ao ser ordenado na Ordem
dos Carmelitas, em homenagem a seu velho pai, tanoeiro de profissão.
Frei Caneca esperou calmamente.
Nem parecia que o condenado era ele. Chamaram um mulato para substituir o
carrasco. Agostinho Vieira, o mulato, também se recusou a cumprir a ordem e,
diante de todos, é brutalmente castigado pelas coronhas dos fuzis. Assim mesmo,
insiste na posição. Chamam um escravo, mais outro, e a resposta é sempre a
mesma, apesar das torturas e das promessas; ninguém quer dar fim àquele homem
de olhar sereno e tranquilo.
A solução era alterar a sentença.
Em vez de forca, bala. Às pressas, foi formado um pelotão de fuzilamento. Sem
maiores formalidades, Frei Canela era fuzilado, no dia 13 de janeiro de 1825.
Seu corpo, colocado num caixão de madeira bruta, foi levado por soldados até a
porta do Convento dos Carmelitas. Aí, deixaram cair a fúnebre encomenda e
partiram em desabalada carreira pelas ruas do Recife. Era o último capítulo de
uma revolta de patriotas que passaria à História com o nome de Confederação do
Equador, movimento que procurara unir, num só Estado confederado, todas as províncias
equatoriais que haviam pertencido a Portugal.”
*Transcrito do Novo Conhecer.
Grijalva Marajá Henriques – Historiador Positivista
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