Manoel Cícero do Nascimento

Poeta Alagoano

Recebi de um colega da Associação dos Militares da Reserva Ativa das Forças Armadas (ASMRAFFAA), onde somos sócios; um livro chamado MACEIÓ EM GARGALHADAS, da autoria de seu pai. Sempre falava da sua capacidade intelectual, mesmo sendo um autodidata. Fiquei interessado na sua vida e sempre cobrava dele o material sobre o “velho” e até que em fim recebi.

Chegou a Academia Maceioense de Letras, como sócio fundador em 1955. Hoje, meio esquecido, e, em sua homenagem e a do amigo Jaldiron, publicarei para os meus leitores, de vez em quando, poesias deste filho de Coqueiro Seco, que foi chamado de “O último poeta de uma geração”. Primeiramente apresentarei uma série de poesias feitas sem as vogais.

 Peço a quem ler este Blog e que tenha algum material sobre o vate, que entre em contato, para divulgarmos essa personalidade de vulto.

GM-Henriques 083 33223099 ou gmaracaja@msn.com

1º. Sem a letra A.

SE OS HOMENS SE ENTENDESSEM

Se tudo neste mundo fosse bom

e que os homens unidos se entendessem!

Os bons, os conscientes com seu dom

só o bem um por um todos fizessem!...

E se os homens feridos como o som

em dó, ré, mi, uníssonos crescessem!

Reverentes c’o o bem, humildes com

espíritos fiéis, com fé vivessem!...

O que se vê, no mundo heterogêneo

o homem êsse fruto de milênio

é o produto do monstro primitivo!

De todos o melhor sempre é você:

que os defeitos dos outros sempre vê,

somente os seus nenhum é positivo.

Do livro Maceió em Gargalhadas Ed. Da Universidade Federal de Alagoas-EDUFAL, Maceió-Alagoas 1979.