sábado, 31 de outubro de 2015

DE ENGRAXATE A GENERAL





DE ENGRAXATE A GENERAL – A VITÓRIA DO MÉRITO!

Abandonado pelo pai, juntamente com mais seis irmãos, e criado somente pela mãe, o jovem Expedito Alves de Lima foi obrigado a trabalhar desde muito cedo para prover o seu sustento e da família. Com apenas 10 anos, foi admitido como engraxate no Centro Social do Regimento Santos Dumont, nas instalações do 26º Batalhão de Infantaria Paraquedista.
Em 1966, o humilde paraibano, morando no Rio de Janeiro, teve a oportunidade de conviver com as atividades militares e receber orientação, apoio e acompanhamento nos estudos por parte de Oficiais e Sargentos do Regimento. Durante parte do dia estudava e em outra trabalhava no quartel.
Orientado por muitos integrantes da OM fez prova para ingressar na Carreira das Armas e teve sua dedicação e perseverança premiadas com sua aprovação no concurso da Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) para o ano de 1972.
O jovem engraxate trilhou uma carreira militar brilhante e coroada de êxitos, que chegou ao ápice em Março de 2010 com sua promoção a oficial general, o mais alto círculo de oficiais das Forças Armadas.
O General Expedito é um belo exemplo de que “NO EXÉRCITO TODOS SÃO BRASILEIROS. NÃO HÁ ÍNDIO, PRETO, BRANCO, POBRE OU RICO; HÁ, SIM, O QUE NASCEU NA TERRA SANTA CHAMADA BRASIL”, exemplo de quem venceu pela competência e tipificação da VITÓRIA DO MÉRITO.
Ler mais: http://www.eb.mil.br/web/midia-impressa/abril#
Peter Costa
Suboficial RM1

Vice-Presidente da Associação Nacional dos Militares do Brasil - ANMB

terça-feira, 27 de outubro de 2015

O AMIGO RAFAEL

O AMIGO RAFAEL

Negros da Elite Imperial Brasileira

O Imperador Dom Pedro II sempre abominou a escravidão, não possuía escravos e sim empregados assalariados, e desde a declaração de sua maioridade, quando herdou quarenta escravos, libertou todos. Os mesmos passos sempre foram seguidos por suas filhas e aqueles que desejavam a admiração do Imperador.
Um dos maiores amigos do Imperador, desde sua infância foi um ex-escravo chamado Rafael, nascido em 1791 em Porto Alegre, e que durante a Campanha da Cisplatina admirou Dom Pedro I. Desde o nascimento do então Príncipe Imperial do Brasil, Rafael foi apontado como criado de Dom Pedro II, encantando a Imperatriz Leopoldina com sua dedicação.
Com a partida de seu pai e de sua madrasta, a Imperatriz Dona Amélia, o “órfão da Nação” foi criado com muita rigidez por seus tutores, e, solitário, tinha somente a suas irmãs e ao criado Rafael para proporcionar momentos de liberdade e descontração, ou de alento nas situações difíceis.
Rafael assumiu todas as funções com relação ao jovem Imperador, dando lhe afeto, carregando-o nos ombros e lhe dando refúgio no seu quarto quando não queria estudar. Assim como dormindo próximo a ele quando se assustava nas noites, contando-lhe histórias de ninar ou para sua diversão, arrumando-lhe a roupa e dando banhos.Com o passar dos anos o Imperador-Menino ensinou seu protetor Rafael a ler e a escrever.
O Primeiro Criado Particular do Imperador se manteve por mais de trinta anos ao lado de Dom Pedro II em suas funções, acompanhando-o em todas as suas viagens, e como amigo até o fim de sua vida.
Já muito velho, Rafael, com noventa e oito anos, faleceu em 16 de Novembro de 1889, abalado ao tomar conhecimento da prisão do Imperador Dom Pedro II no Paço Imperial e a Proclamação da República. De acordo com Múcio Teixeira, autor de uma versão romanceada de sua vida, intitulada “O Negro da Quinta Imperial”, suas últimas palavras foram:
“Que a Maldição de Deus caia sobre a cabeça dos algozes do meu Senhor!”

Pró Monarquia

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

POLICARPO QUARESMA



                               POLICARPO QUARESMA

O Triste Fim de Policarpo Quaresma é publicado no Jornal do Comércio no dia 19 de outubro de 1911 dá-se o início da publicação, em folhetim, da obra O Triste Fim de Policarpo Quaresma.

A obra mais famosa de Lima Barreto condensa em si muitas das características que consagraram seu autor como o melhor de seu tempo (Reprodução/Internet)
Triste Fim de Policarpo Quaresma surgiu como um romance de folhetim em edições semanais, no dia 19 de outubro de 1911, no Jornal do Comércio. Anos depois, foi publicado em um livro. Seu autor, Lima Barreto, era um mulato com ideias socialistas e um estilo de escrever inovador, cuja linguagem simples e direta podia ser compreendida pelo leitor popular.
A obra mais famosa de Lima Barreto condensa em si muitas das características que consagraram seu autor como o melhor de seu tempo. Ela focaliza fatos históricos e políticos ocorridos durante a fase de instalação da República, mais precisamente no governo de Floriano Peixoto (1891 – 1894). Seus ataques derramam-se para todos os lados significativos da sociedade que contempla, a Primeira República.
O meio intelectual da época, que ainda vivia sob forte influência romântica e parnasiana, reagiu chamando o escritor de semianalfabeto, condenando-o à marginalidade e ao ostracismo. Lima Barreto sofreu muito por criticar os poderosos de seu tempo, e suas desilusões não foram poucas. O escritor esteve internado em sanatório, tornou-se alcoólatra e morreu com apenas 41 anos, em estado de completo abandono e de miséria.

Biografia de Lima Barreto:

Lima Barreto (1881-1922) foi escritor e jornalista brasileiro. Filho de pais pobres e mestiços sofreu esse preconceito em toda sua vida. Logo cedo ficou órfão de mãe. Estudou no Colégio Pedro II e ingressou na Escola Politécnica, no curso de Engenharia. Seu pai enlouquece e é internado, obrigando Lima Barreto a abandonar o curso de Engenharia. Para sustentar a família, empregou-se na Secretaria de Guerra e ao mesmo tempo, escrevia para vários jornais do Rio de Janeiro. Ao produzir uma literatura inteiramente desvinculada dos padrões e do gosto vigente, recebe severas críticas dos letrados tradicionais. Explora em suas obras, as injustiças sociais e as dificuldades das primeiras décadas da República. Com seu espírito inquieto e rebelde, Lima Barreto entrega-se ao álcool.
Afonso Henrique de Lima Barreto (1881-1922) nasceu no Rio de Janeiro no dia 13 de maio. Filho de Joaquim Henriques de Lima Barreto e Amália Augusta, ambos mestiços e pobres. Sofreu preconceito a vida toda. Seu pai era tipógrafo e sua mãe professora primária. Logo cedo ficou órfão de mãe.
Lima Barreto estudou no Liceu Popular Niteroiense e concluiu o curso secundário no Colégio Pedro II, local onde estudava a elite litrária da época. Sempre com a ajuda de seu padrinho, o Visconde de Ouro Preto, ingressou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde iniciou o curso de Engenharia. Em 1904 foi obrigado a abandonar o curso, pois, seu pai havia enlouquecido e o sustento dos três irmão agora era responsabilidade dele.
Em 1904 consegue emprego de escrevente copista na Secretaria de Guerra, ao mesmo tempo que colabora com quase todos os jornais do Rio de Janeiro. Ainda estudante já colaborava para a Revista da Época e para a Quinzena Alegre. Em 1905 passa a escrever no Correio da Manhã, jornal de grande prestígio.
Em 1909 Lima Barreto publica o romance "Recordações do Escrivão Isaías Caminha". O texto acompanha a trajetória de um jovem mulato, que vindo do interior sofre sérios preconceitos raciais. Em 1915 escreve "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1919 escreve "Vida e Morte de M.J.Gonzaga de Sá". Esses três romances apresentam nítidos traços autobiográficos.
Com uma linguagem descuidada, suas obras são impregnadas da justa preocupação com os fatos históricos e com os costumes sociais. Lima Barreto torna-se uma espécie de cronista e um caricaturista se vingando da hostilidade dos escritores e do público burguês. Poucos aceitam aqueles contos e romances que revelavam a vida cotidiana das classes populares, sem qualquer idealização.
A obra prima de Lima Barreto, não perturbada pela caricatura, foi "Triste Fim de Policarpo Quaresma". Nela o autor conta o drama de um velho aposentado, O Policarpo, em sua luta pela salvação do Brasil.
Afonso Henriques Lima Barreto com seu espírito inquieto e rebelde, seu inconformismo com a mediocridade reinante, se entrega ao álcool. Suas constantes depressões o levam duas vezes para o hospital. Em 01 de novembro de 1922 morre de um ataque cardíaco.
Obras de Lima Barreto
Recordações do Escrivão Isaías Caminha, romance, 1909
Aventuras do Dr. Bogoloff, humor, 1912
Triste Fim de Policarpo Quaresma, romance, 1915
Numa e Ninfa, romance, 1915
Vida e Morte de M. J. Gonzaga e Sá, romance, 1919
Os Bruzundangas, sátira política e literária, 1923
Clara dos Anjos, romance, 1948
Coisas do Reino do Jambon, sátira política e literária, 1956
Feiras e Mafuás, crônica, 1956
Bagatelas, crônica, 1956
Marginália, crônica sobre folclore urbano, 1956
Vida Urbana, crônica sobre folclore urbano, 1956


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