Aniversário de morte de Lampião
07/07/1897 – 28/07/1938
Virgulino
Ferreira da Silva, mais conhecido como Lampião, nasceu em 7 de julho de 1897 na
pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada,
no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.
Lampião
desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino,
trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para
comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e
vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as
regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes,
os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial).
Em 1915, acusou um empregado do vizinho José Saturnino de roubar bodes de sua
propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos
depois, Virgulino e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho
e assaltavam. Os irmãos Ferreira passaram a ser perseguidos pela polícia e
fugiram da fazenda. A mãe de Virgulino morreu durante a fuga e, em seguida, num
tiroteio, os policiais mataram seu pai. O jovem Virgulino jurou vingança.
Lampião
formou o seu bando a princípio com dois irmãos, primos e amigos, cujos
integrantes variavam entre 30 e 100 membros, e passou a atacar fazendas e
pequenas cidades em cinco estados do Brasil, quase sempre a pé e às vezes
montados a cavalo durante 20 anos, de 1918 a 1938.
Existem
duas versões para o seu apelido. Dizem que, ao matar uma pessoa, o cano de seu
rifle, em brasa, lembrava a luz de um lampião. Outros garantem que ele iluminou
um ambiente com tiros para que um companheiro achasse um cigarro perdido no
escuro.
Comparado
a Robin Hood, Lampião roubava comerciantes e fazendeiros, sempre distribuindo
parte do dinheiro com os mais pobres. No entanto, seus atos de crueldade lhe
valeram a alcunha de "Rei do Cangaço". Para matar os inimigos,
enfiava longos punhais entre a clavícula e o pescoço. Seu bando sequestrava
crianças, botava fogo nas fazendas, exterminava rebanhos de gado, estuprava
coletivamente, torturava, marcava o rosto de mulheres com ferro quente. Antes
de fuzilar um de seus próprios homens, obrigou-o a comer um quilo de sal.
Assassinou um prisioneiro na frente da mulher, que implorava perdão. Lampião
arrancou olhos, cortou orelhas e línguas, sem a menor piedade. Perseguido, viu
três de seus irmãos morrerem em combate e foi ferido seis vezes.
Grande
estrategista militar, Lampião sempre saía vencedor nas lutas com a polícia,
pois atacava sempre de surpresa e fugia para esconderijos no meio da caatinga,
onde acampavam por vários dias até o próximo ataque. Apesar de perseguido,
Lampião e seu bando foram convocados para combater a Coluna Prestes, marcha de
militares rebelados. O governo se juntou ao cangaceiro em 1926, lhe forneceu
fardas e fuzis automáticos.
O
governo baiano ofereceu 50 contos de réis pela captura de Lampião em 1930. Era
dinheiro suficiente para comprar seis carros de luxo.
Lampião
morreu no dia 28 de julho de 1938, na Fazenda Angico, em Sergipe. Os trinta
homens e cinco mulheres estavam começando a se levantar, quando foi vítima de
uma emboscada de uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente
João Bezerra. O combate durou somente 10 minutos. Os policiais tinham a
vantagem de quatro metralhadoras Hotkiss. Lampião, Maria Bonita e nove
cangaceiros foram mortos e tiveram suas cabeças cortadas. Maria foi degolada
viva. Os outros conseguiram escapar.
O
cangaço terminou em 1940, com a morte de Corisco, o "Diabo Loiro", o
último sobrevivente do grupo comandando por Lampião.
Existe
uma grande polêmica em torno desse personagem fantástico que foi Lampião. Quem
foi? Um bandido sanguinário, assassino e perverso? Um homem revoltado? Um
justiceiro? Herói? Como conseguiu sobreviver tanto tempo lutando contra sete
estados com poucos homens?
Na
realidade muitas histórias se contam sobre ele, sua vida e suas andanças.
Sanfoneiro, repentista, cantador, poeta, místico, muitas vezes juiz outras
enfermeiro e até dentista, Virgulino gozou do respeito e da admiração da
maioria da população pobre e oprimida do Nordeste. Odiando a injustiça e o
poder sufocante do coronelismo, imperante na região, Lampião era a referência
do povo contra os poderosos. Bandeou-se para o cangaço, por ser essa a única
opção daqueles que, vítimas da perseguição dos poderosos coronéis, queriam
lutar ou vingar-se de alguma forma.
Homem
de fibra, coragem, inteligência superior, grande estrategista militar, exímio
atirador e disposto a fazer justiça com as próprias mãos, semeou o terror
contra seus inimigos em suas andanças pelos estados de: Pernambuco, Alagoas,
Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e Sergipe.
Apesar
das agruras da vida de cangaceiro, conseguia ser alegre, festeiro, protetor de
sua família perseguida, um homem de fé e esperança.
Pelas
inúmeras pessoas que matou e feriu, angariou o ódio de muitos e até de
familiares, que, por sua causa, foram mais perseguidos, muitos mortos ou com
suas vidas arrasadas pelas volantes da polícia.
Capitão Virgulino
Lampião
Seus
pais casaram no dia 13 de outubro de 1894, na Matriz do Bom Jesus dos Aflitos,
em Floresta do Navio, tendo seu primeiro filho em agosto de 1895, que chamaram
Antônio em homenagem ao avô paterno. O segundo filho nasceu dia 07 de novembro
de 1896, e foi chamado de Livino. Depois de Virgulino, o casal teve mais seis
filhos, quase que ano a ano que foram: Virtuosa, João, Angélica, Maria
(Mocinha), Ezequiel e Anália.
Virgulino
foi batizado aos três meses de nascido, na capela do povoado de São Francisco, sendo
seus padrinhos os avós maternos: Manuel Pedro Lopes e D. Maria Jacosa Vieira. A
cerimônia foi oficiada por Padre Quincas, que profetizou:
-
"Virgulino - explicou o padre - vem de vírgula, quer dizer, pausa,
parada." E arregalando os olhos: - "Quem sabe, o sertão inteiro e
talvez o mundo vão parar de admiração por ele".
Quando
menino viveu intensamente sua infância, na região que chamava carinhosamente de
meu sertão sorridente! Brincava nos cerrados, montava animais, pescava e nadava
nas águas do riacho, empinava papagaio, soltava pião e tudo o mais que fazia
parte dos folguedos de seu tempo de menino.
A
esperteza do menino o fez cair nas predileções de sua avó e madrinha que aos
cinco anos o levou para a sua casa, a 150 metros da casa paterna.
À
influência educativa dos pais, que nunca cessou, acrescentou-se a desta senhora
- a "Mulher Rendeira" - a quem o menino admirava quando ela, com
incrível rapidez das mãos, trocando e batendo os bilros na almofada e mudando
os espinhos e furos, tecia rendas e bicos de fino lavor
A
primeira comunhão de Virgulino foi aos sete anos na capela de São Francisco, em
1905, juntamente com os irmãos Antônio (dez anos) e Livino (nove anos). A
crisma aconteceu em 1912, aos quatorze anos e foi celebrada pelo recém empossado
primeiro bispo D. Augusto Álvaro da Silva, sendo padrinho o Padre Manuel
Firmino, vigário de Mata Grande, em Alagoas.
No
lugar onde nasceu não havia escola e as crianças aprendiam com os mestres-escolas,
que ensinavam mediante contrato e hospedagem, durante períodos de três a quatro
meses nas fazendas. Seu aprendizado foram os professores Justino Nenéu e
Domingos Soriano Lopes.
Ainda
menino já trabalhava, carregando água, enchiqueirando bodes, dando comida e
água aos animais da fazenda, pilando milho para fazer xerém e outras atividades
compatíveis com sua idade. Mais tarde, jovem, robusto passou aos trabalhos de
gente grande: cultivava algodão, milho, feijão de corda, abóbora, melancia,
cuidava da criação de gado, e dos animais. Posteriormente tornou-se vaqueiro e feirante.
Seu
alistamento eleitoral e de seus dois irmãos Antônio e Livino foi feito em 1915
por Metódio Godoi, apesar de não terem ainda os 21 anos exigidos por lei.
Sabe-se que votaram três vezes: em 1915, 1916 e 1919.
A
vida amorosa dos três irmãos era como a de qualquer jovem de sua idade, e se
não houvessem optado pela vida de cangaceiro, certamente teriam cada um
constituído sua família e tido um lar estável como foi o de seus familiares.
Até entrar para o cangaço, Virgulino e seus irmãos eram pessoas comuns,
pacíficos sertanejos, que viviam do trabalho (trabalhavam muito como qualquer
sertanejo) na fazenda e na feira onde iam vender suas mercadorias. Virgulino
Ferreira da Silva na certa seria sempre um homem comum, se fatos acontecidos
com ele e sua família (que narraremos na página "Porque Virgulino entrou
para o cangaço") não o tivessem praticamente obrigado a optar pelo cangaço
como saída para realizar sua vingança. Viveu no cangaço durante anos, vindo a
falecer numa emboscada no dia, na fazenda Angicos, no estado de Alagoas.
A Mulher
Rendeira
Virgulino,
por ser muito esperto, atraiu a predileção de sua avó e madrinha de batismo, D.
Maria Jacosa. Quando o menino completou cinco anos de idade, levou-o para morar
em sua casa.
O
menino espantava-se com a rapidez com que sua avó trocava e batia os bilros na
almofada, mudando os espinhos nos furos, tecendo rendas e bicos de refinado
gosto.
Porque Lampião era chamado de Capitão?
Muito curiosa a
história de sua patente de oficial do exército, obtida do governo federal.
No
início do ano de 1926, a Coluna Prestes percorria o Nordeste em sua
peregrinação revolucionária, trazendo apreensão aos governantes e colocando em
risco a segurança da nação segundo avaliação do governo central.
Em
meados de janeiro, estavam prontos para entrar no Ceará. A tarefa de organizar
a defesa do estado coube, em parte, a Floro Bartolomeu, de Juazeiro. A
influência de Floro, perante todo o país, devia-se ao seu estreito
relacionamento com o Padre Cícero Romão. Por sugestão do Padre Cícero, só havia
em todo Nordeste uma pessoa que poderia combater a Coluna e sair-se bem da
empreitada. Indicou então o nome de Virgulino.
Floro
reuniu uma força de combate, composta, em sua maioria, de jagunços do Cariri.
Os Batalhões Patrióticos, como foram chamados, ganharam armas dos depósitos do
exército, porque tinham apoio material e financeiro do governo federal.
A
tropa, organizada, foi levada por Floro a Campos Sales, no Ceará, onde se
esperava a invasão. Floro mandou uma carta a Virgulino, convidando-o a fazer
parte do batalhão.
O
convite foi aceito nos primeiros dias de março, quando a Coluna Prestes já
estava na Bahia. Em virtude da doença e posterior morte de Floro, em 8 de
março, coube ao Padre Cícero a recepção a Lampião.
Lampião
chegou à vizinhança de Juazeiro no princípio de março de l926. Só atendeu ao
convite porque reconheceu a assinatura de Cícero no documento. Acompanhado por
um oficial dos Batalhões Patrióticos, entrou na comarca de Juazeiro em 03 de
março, tendo os cangaceiros uma conduta exemplar. Prometeram a ele, o seu
perdão e o comando de um dos destacamentos, caso aceitasse combater os
revoltosos. Lampião e seu bando, entrou na cidade no dia 04 de março. Na
audiência com o Padre Cícero, foi lavrado um documento, assinado por Pedro de
Albuquerque Uchôa, inspetor agrícola do Ministério da Agricultura, nomeando
Virgulino capitão dos Batalhões Patrióticos. Esse documento dava livre trânsito
a Lampião e seu grupo, de estado a estado, para combater a coluna.
Receberam
uniformes, armamentos e munição para o combate. Lampião já tinha pensado muitas vezes em
deixar o cangaço. Sem dúvida, aquela era uma grande oportunidade, proporcionada
pelo seu protetor e padrinho Padre Cícero. Estava disposto a cumprir sua parte
no trato e todas as promessas feitas ao Padre.
Daquele
momento em diante, passou a chamar a si próprio de "Capitão
Virgulino".
Maria
Bonita
Até
1930, ou início de 31, não se tem registro da existência da mulher no Cangaço.
Aparentemente,
Lampião foi o primeiro a arranjar uma companheira. Maria Déia, que ficou
conhecida posteriormente como Maria Bonita, foi a companheira de Virgulino até
a morte de ambos. Maria Bonita chamava-se Dona Maria Neném, e era casada com
José Nenem. Foi criada na pequena fazenda, de propriedade de seu pai, em
Jeremoabo/Bahia e vivia em companhia do marido na cidadezinha de Santa Brígida.
Maria não tinha bom relacionamento com o marido.
Lampião
costumava passar várias vezes pela fazenda dos pais de Maria, porque a mesma
ficava na fronteira entre Bahia e Sergipe. Os pais de Maria Bonita, sentiam
pelo Capitão uma mistura de respeito e admiração. A mãe contou a Lampião que
sua filha era sua admiradora. Um dia, ao passar pela fazenda, Virgulino
encontrou Maria e apaixonou-se à primeira vista. Dias depois quando o bando
retirou-se, já contava com a presença dela ao lado de Lampião, com o
consentimento de sua mãe.
Maria
Bonita representava o tipo físico da mulher sertaneja: baixa, cheinha, olhos e
cabelos escuros, dentes bonitos, pele morena clara. Era uma mulher atraente.
Governador do Sertão
Durante
o tempo em que esteve preso por Lampião, Pedro Paulo Magalhães Dias (ou Pedro
Paulo Mineiro Dias), inspetor da STANDAR OIL COMPANY (ESSO), conhecido como
Mineiro, testemunhou a vida dos cangaceiros e traçou o perfil de Virgulino,
segundo sua avaliação.
Lampião
pediu à empresa um resgate de vinte contos de réis pelo prisioneiro e acertou
que se o resgate não fosse pago, mataria Mineiro. Mineiro viveu os dias de
cativeiro, atormentado por terrível temor de ser morto por Lampião. Finalmente,
percebendo o estado de espírito do prisioneiro, Virgulino tranquilizou-o
afirmando:
-
"Se vier o dinheiro eu solto, se não vier eu solto também, querendo
Deus".
Resolveu
libertar Mineiro, antes porém, teve uma longa conversa com ele. Falou para
Mineiro, por sentir-se naquele momento Senhor Absoluto do Sertão, que poderia
ser Governador do Sertão. Mineiro perguntou-lhe, caso fosse governador, que
planos teria para governar. Ficou surpreso com as respostas, que revelaram ter
Virgulino conhecimento da situação política da região, conhecendo seus
problemas mais urgentes.
Lampião
afirmou:
-
"Premero de tudo, querendo Deus, Justiça! Juiz e delegado que não fizer
justiça só tem um jeito: passar ele na espingarda! Vem logo as estradas para
automóvel e caminhão!
-
Mas, o capitão não é contra se fazer estrada? - objetou Mineiro.
-
Sou contra porque o Governo só faz estrada pra botar persiga em cima de mim.
Mas eu fazia estrada para o progresso do sertão. Sem estrada não pode ter
adiantamento, Fica tudo no atraso. Vem depois as escolas e eu obrigava todo
mundo a aprender, querendo Deus. Botava, também, muito doutor (médico) para
cuidar da saúde do povo. Para completar tudo, auxiliava o pessoal do campo, o
agricultor e o criador, para ter as coisas mais barato, querendo Deus"
(Frederico Bezerra Maciel).
Mineiro
ouviu e concordou com Virgulino. O que acabara de ouvir representava uma parte
da sabedoria do cangaceiro.
Lampião
então, senhor de si, ditou para Mineiro, uma carta para o governador de
Pernambuco, com a seguinte proposta:
"
Senhor Governador de Pernambuco.
Suas
saudações com os seus.
Faço-lhe
esta devido a uma proposta que desejo fazer ao senhor pra evitar guerra no
sertão e acabar de vez com as brigas... Se o senhor estiver de acordo, devemos
dividir os nossos territórios. Eu que sou Capitão Virgulino Ferreira Lampião,
Governador do sertão, fico governando esta zona de cá, por inteiro, até as
pontas dos trilhos em Rio Branco. E o senhor, do seu lado, governa do Rio
Branco até a pancada do mar no Recife. Isso mesmo. Fica cada um no que é seu.
Pois então é o que convém. Assim ficamos os dois em paz, nem o senhor manda os
seus macacos me emboscar, nem eu com os meninos atravessamos a extrema, cada um
governando o que é seu sem haver questão. Faço esta por amor à Paz que eu tenho
e para que não se diga que sou bandido, que não mereço.
Aguardo
resposta e confio sempre.
Capitão
Virgulino Ferreira Lampião, Governador do Sertão.
Seria
Mineiro o portador dessa carta, colocada em envelope branco, tipo comercial,
com a subscrição:
-
Para o Exº Governador de Pernambuco - Recife" (Frederico Bezerra Maciel)
Mineiro
notou que quase todos os cangaceiros eram analfabetos. Lampião sabia ler bem,
mas escrevia com muita dificuldade. Antônio Ferreira lia com dificuldade e não
escrevia. Apenas Antônio Maquinista, ex-sargento do Exército, sabia ler e
escrever.
Enfim
Lampião solta Mineiro, num ato que se transformou em festa, com muitos
discursos e a emoção dos participantes.
Mineiro
reconheceu nos cangaceiros, pessoas revoltadas contra a situação de abandono do
sertão. Agradeceu a Deus os dias que passou na companhia de Lampião e seus
cabras. Teceu elogios a Virgulino por sua personalidade capaz e inteligente.
Afirmou que levava a melhor impressão de todos e que iria propagar, que o
capitão e os seus, não eram o que diziam deles.
Lampião
pediu então a Mineiro que dissesse ao mundo a verdade.
Despediu-se
mineiro de todos, abraçando um por um os cangaceiros:
Luís
Pedro, Maquinista, Jurema, Bom Devera, Zabelê, Colchete, Vinte e dois, Lua
Branca, Relâmpago, Pinga Fogo, Sabiá, Bentevi, Chumbinho, Az de Ouro,
Candeeiro, Vareda, Barra Nova, Serra do Mar, Rio Preto, Moreno, Euclides, Pai
Velho, Mergulhão, Coqueiro, Quixadá, Cajueiro, Cocada, Beija Flor, Cacheado,
Jatobá, Pinhão, Mormaço, Ezequiel Sabino, Jararaca, Gato, Ventania, Romeiro,
Tenente, Manuel Velho, Serra Nova, Marreca, Pássaro Preto, Cícero Nogueira,
Três cocos, Gaza, Emiliano, Acuana, Frutuoso, Feião, Biu, Sabino
Fonte:
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