NO CEARÁ TEM DISSO SIM!
Grijalva
Maracajá Henriques*
Vejam
que perola de missiva para um pedido de empréstimo ou doação de um dicionário.
As
pessoas citadas são verdadeiras. O solicitante o Sr. Antonio Ramos de Oliveira
fora professor Municipal na cidade de jardim e nascido em Jati CE.
E o
Sr. Antonio Franco Neves (Totonho) era irmão do meu sogro, José Franco Neves
morador da cidade de jardim – Ceará.
O bilhete
original foi extraviado, porém decorado e recitado por meu cunhado Teodomiro
Sampaio Neves Sobrinho do solicitado, para empréstimo do dificultoso “Pai dos
Burros”.
Ilmo.
Senhor ilustre Antônio Neves é um tédio manifesto que faço essa
majestosa benevolência desejando boa saúde a sua mercê com a mais excelentíssima
família.
Envio-lhe essas missivas linhas coordenando
sem fatos emergentes com a lecionação de aula vocálica no termo do pequeno
contingente e etc. E se possível confessar-me ao ilustre de alto senhoril pois
se têm-se-me-nos para ministrar-me-o é que pretendemo-nos pois magnificências.
É um desejo falar-lhe sobre a vossa
passagem para a fazenda Baixa Grande, mas não vi vossa passagem ao refém do
tratado que ia falar-lhe. Peço me franquear por meio de pagamento ou queira
deter-me um dicionário, ainda que seja pequeno muito bem poderá
consinenciar-me com seu valor
categórico.
Descorne-me-o
seu servo e criado
Antônio Ramos de Oliveira
“Achar
que o mundo não tem um criador é o mesmo que afirmar que um dicionário é o
resultado de uma explosão numa tipografia.”
Benjamim
Franklin
*O
autor é historiador e pesquisador.
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