A VIDA É ASSIM*
João Henriques da Silva
(In Memoriam 20/09/1901 – 16/04/2003)
Zé Mariano não brincava em serviço. Todos os
anos aumentavam a meninada, sem se preocupar com o pirão de cada dia.
E
continuava a dizer conformado. “É a vontade de Nosso Senhor”. Quando menos
esperou foi contar e já era dezoito.
Chamou
a mulher para abrir os olhos:
- Tens que parar Josefina.
- Eu hein! A culpa é tua. Bicho.
Fico no meu canto sossegada e lá vem tu com teus arrodeios. Por mim não havia
passado de dois ou três. E já era demais para uma vida como é a nossa.
-Tem
nada não Josefina. Deus dá o frio conforme a roupa. Os meninos já estão
trabalhando e uns vão ajudando a criar os outros. Quando todos estiverem
crescidos já poderemos descançar.
-
Bem, vamos ver. Agora, tem uma coisa, não chegues perto de mim, já sabes que
sou mesmo que visgo de burra-leiteira... Botou o pé, pegou.
-
Sei não, Josefina. Sabes como é. Quanto mais à gente jejua mais dar fome.
Quando as coisas têm que acontecer, acontecem.
Repara só. O patrão, rico como um danado, com
dinheiro sobrando, os depósitos apinhados de comida, só tem dois filhos. Deus
quer assim e acabou-se. Às vezes eu fico pensando mulher, que isso é de propósito.
Pobre tem que ter muito filho para trabalhar para eles. Quanto mais, melhor.
Os filhos do patrão não fazem patavina. Vivem
de colégio para colégio, embora não aprendam nada. Imagina que não sabem botar
sela num cavalo, nem tirar uma gota de leite. Tem que ter um moleque para selar
os cavalos e um vaqueiro para encher os copos de leite.
Não sabem plantar um pé de batata, mas vivem
luxando. Todos de mãos fininhas que parecem mãos de donzelas. Os nossos, as
mãos parecem um ralo. Não achas que isto está tudo errado? Só ensinam a mandar.
Desde pequenos se habituam a isso e o vício
continua. Pobre é no eito, com o couro da barriga pregado nas costas.
Larga-se o eito as doze e ao entardecer e nem
se pergunta se há alguma coisa para roer. Dezoito bocas pra mastigar quase
nada. E a barriga que se agüente, as tripas roendo uma as outras.
Um
dia, mulher, a gente tem que melhorar de vida. Trabalhar todo mundo. Um
batalhão desses tem que render.
Planta-se de tudo para comer e bota-se um
roçado grande de algodão. Há de sobrar para se ter um pedaço bom de terra e
depois gado, vacas de leite e bezerros.
- É mesmo Zé Mariano. Quanto mais filho
melhor. Família grande não atrasa ninguém.
- Eita
mulher! Agora falaste certo. Aquela conversa de ficar cada um para um canto, só
olhando um pro outro é negócio pra gente besta. Às vezes a gente tem cada idéia
sem pé nem cabeça...
Quando dar aquela vontade na gente, Josefina,
não há diabo que atalhe. Para quem já tem dezoito, mais um, menos um, não
altera nada...
Quanto mais bezerro maior a boiada. Vou falar
com o homem para aumentar o roçado. Na meação não dar. Se não fizer
arrendamento, muda-se pra outro lugar. A
gente já trabalha aqui há tanto tempo e não se fez mais do que sustentar o
rebanho e comer pouco.
- Não, Zé Mariano. Caso sai do regime de meação,
todos os outros vão querer também e terei prejuízo. Algodão tem que ser assim.
Tenho filhos para criar e educar.
- Sim senhor. E eu tenho já dezoito pra comer
e vestir. De leitura não conheceu nem o O, como se costuma se dizer. A escola é
o cabo do freijó. O senhor não pode, não pode! Pois já combinei com a Josefina.
Vamos nos mudar. É contra a nossa vontade, mas não tem outra saída.
- Mais isso é um absurdo, Zé Mariano. Depois de
sustentá-los todos esses anos no trabalho e agora, querer me deixar?
-
Coronel Gonzaga, vá lá em casa e vai ver menino por toda a parte. Tudo sem
roupa, comendo farelos.
Às
vezes não se tem nem feijão macassar com farinha. Não dá mais...
- E o seu roçado de meia, como fica?
-
Deixo aí. O senhor me dá alguma coisa se ver que eu mereço. Nós não queremos
terra de graça, na meação nunca vestiremos uma camisa nova pelas festas.
Todo
mundo tem suas roupinha nova para ir às festas no fim do ano e só os meus vão
de camisinhas e calças remendadas, arrastando uma alpercata roída.
Nem posso mais ver aquilo. São pobres, mas são
meus filhos. E as meninas, já quase umas mocinhas, encabuladas pelos cantos sem
graça, como se estivessem doentes.
O senhor não sabe como isso dói na gente.
Nunca sobra para fazer um agrado. Vivem sempre desconfiadas no meio das outras
mocinhas.
Teremos que dar a elas e aos outros, na
próxima festa, roupas e sapatos novos, mesmo que isso venha exigir todos os
sacrifícios.
Não agüentamos mais tanta tristeza no meio de
tanta alegria.
Zé Mariano despediu-se e saiu
pisando firme no chão duro da vida.
-
Fica aí, Josefina, com a cambada toda e eu vou sair com os meninos mais velhos
a procura de terra e um casebre para morar. O patrão não quer sair da meação
quer deixar a gente pelada. Bota mais rapadura numa sacola e farinha e isto
basta. A gente se arranja por aí. Os outros vão para o trabalho da fazenda;
ganhar a farinha e o sal da semana.
Zé
Mariano andava e andava, de fazenda em fazenda, mas o regime não mudava. Sempre
a meação que não dava camisa. Já se desenganava, quando teve uma idéia, procurar
pequenos proprietários, gente mais humilde. E foi aí que pisou em cima da
botija.
Propriedade quase abandonada, com açudeco e
velha roça de algodão mocó. O proprietário havia se mudado para a vila próxima,
e tornara-se comerciante. Não pretendia retornar a agricultura, e já pensava em
vender as terras ou arrendá-las. Pelo menos lhe daria algum rendimento e não
permanecia abandonada.
Ajustou
preço e condição de pagamento. Palavra de sertanejo sempre mereceu fé. Apressou
a volta e já deixou a casa varrida para meter-se dentro. Era só botar o pé no
caminho, liquidar as contas com o patrão e cuidar da sua vida.
Logo do terreiro da casa foi gritando para
mulher:
- Arruma os pinicos Josefina e vamos
embora. Só se dorme aqui uma noite. Freta-se o carro de bois do compadre
Fortunato e toma-se rumo.
Vou agora mesmo à casa do patrão, acertar
nossas contas.
Com muita luta recebeu algum dinheiro pela
roça de algodão. Disse pra onde ia e despediu-se. Lá estariam as ordens.
Ao tomar conta da pequena propriedade
arrendada, foi um alvoroço da meninada. Casa maior, um campo de algodão
semi-abandonado mais ainda em fase produtiva.
O açudeco, cacimba e as quatro vacas que o
proprietário acertara para ficarem lá com as crias de meia e o leite a ser
dividido. Duas com crias e duas amojadas. Era mesmo que ter saído de um
atoleiro e entrado no céu.
Arrumada a casa. Zé Mariano voltou-se para o
trato das vacas, do algodoal e a escolha de mais terra para semear. Por traz do
açude, cinco mangueiras e dois coqueiros, algumas goiabeiras.
Com
poucas semanas a propriedade parecia ter tomado um banho e trocado de roupa.
Agora era preparar as terras e esperar as
chuvas. O milho, o feijão, as sementes de jerimum e de melancia estavam bem
guardadas, restavam adquirir caroço de algodão para plantar três hectares.
A foice e a enxada cortavam mato e a terra.
- A terra é boa, mulher. Só falta Deus
ajudar, mandando chuva e boa sorte pra gente.
O algodão teria que ser podado. Uma
poda de limpeza. Facões afiados ceparam a galharia velha e envarada que,
reunida foi queimada.
Quando chegaram as trovoadas, os rebentos apareceram.
E o algodoal revigorou-se com a força de uma cultura nova. Queria apenas trato.
Não era possível esperar mais. As lavouras de ano saiam da terra e cresciam com
vigor. Depois vieram as safras e as colheitas. Zé Mariano pagou o arrendamento.
A dispensa suprida oferecia-lhe uma mesa farta. Dinheiro como nunca havia em
suas mãos era um desafogo.
Se aquilo não era um milagre, também outra
coisa não poderia ser.
- Josefina, as festas de fim de ano vêem aí.
Vamos comprar roupas novas para a turma. Sapatos também e mais uma coisinha
para as meninas.
- Não se deve gastar tudo, Zé Mariano. Põe a
regra na boca do saco.
- Vai sobrar, Josefina, tem que
sobrar. E mesmo que não sobre desta vez todo mundo vai se vestir e todos irão
às festas como gente, fazendo figura. Fazem-se as contas da loja, do alfaiate e
da costureira. E vamos cuidar nisso.
Compraram, compraram e ainda sobrou um
dinheirinho alentado. Dezembro botou a cara. Zé Mariano tinha uma idéia. Iriam
passar às festas em Riacho Seco, lá de onde tinham vindo. Mostrar que miséria
também se acaba.
Não era por vaidade não, mas era uma forma de
acabar com a tristeza dos anos anteriores, apagarem os vestígios daquela
pobreza humilhante. Nunca poderia esquecer aquele ar desconsolado dos filhos,
se escondendo para não serem vistos maltrapilhos, parecendo filhos da preguiça
ou de esmoler.
-
Mas é longe, Zé Mariano.
-
Que nada, Josefina. É ali. Temos que ir. Tem que ver os nossos filhos vestidos
de gente, com dinheiro no bolso comprando cocadas, doce seco, aluá e o que der
na cabeça. E vai-se visitar o patrão. Ele precisa ver quem é a família de Zé
Mariano e Josefina.
Ninguém vai mais ficar se escondendo, com os
olhos compridos só espiando a alegria dos outros. Vamos soltar a cambada toda
lá no Riacho Seco, fazendo figura.
-
Vão chamar a atenção! Pensa só. Roupa nova, sapato novo, chapéu novo, um
dinheirinho no bolso. E depois, Josefina, a turma é toda jeitosa.
- Cuidado Zé Mariano. As meninas já estão
ficando mocinhas. E tem muito cabrito enxerido para tirar chetas com as
meninas.
- E agora me lembrastes de uma coisa
que faltou. Vai comprar para cada uma um enfeitizinho. Um para ti, também. Toda
mulher gosta destas coisas.
-
O que, Zé Mariano?
-
Sabes mais do que eu, voltinhas, anéis, broches para cabelos, laços de fita.
Tanta coisa.
Quero
tudo bem vistoso. Vá com as meninas e elas mesmas ajudam a escolher. Mesmo que
sejam baratas, mas enfeitam as bichinhas. Sim, mande cortar o cabelo dos
meninos. Do maior ao menor. E nos dias de festas têm que tomar banho com
sabonete. Corta as unhas e vai ajeitando a cambada toda. Não te esqueça de
mandar ir calçando os sapatos para amaciar...
Bem
sabes que quem nunca comeu mel quando come se lambuza. Quero todo mundo pisando
firme, sem se preocupar com os pés. Quem não está habituado com calçado, tem
que amaciar e aprumar os pés.
Véspera de Natal, a família de Zé Mariano
estava toda em Riacho Seco, espalhada pela casa dos parentes e amigos.
Juntava-se para os festejos e passeios.
Era preciso ver para acreditar, o espanto que
causou. Tudo lorde daquele jeito. E nunca se viu uma família tão alegre. Ria a
toa, como se estivesse alguém fazendo cócegas. Era a satisfação de se parecerem
com gente, de poderem participar da alegria de todos.
Nem
podiam imaginar que uma roupinha nova, uns sapatos nos pés e uma voltinha no
pescoço, pudessem dar tanta vida às pessoas.
No dia
de Natal lá se foram visitar o antigo patrão. Zé Mariano bate na porta e o
coronel foi chegando. E espantou-se. Não poderia ser a família de Zé Mariano,
naquela lordeza.
- Viemos fazer uma visita ao senhor.
-
Que maravilha Zé Mariano. Arrancou botija?
Bem sabia que não saíram daqui sem ter sonhado
com botija. E pelo que vejo, foi muito ouro e muita prata.
-
Foi sim senhor. Botija de ouro branco, meu roçado de algodão. Propriedade
arrendada e a turma toda trabalhando. Bem que o senhor podia ter me arrendado
uma roça maior. Preferiu que a gente fosse embora, findou nos dando sorte. Para
o ano já pensamos em comprar uma terrinha e morar no que é dá gente.
Basta que Nosso Senhor mande chuva. Se
estivesse na meação, estaria tudo de pé no chão e com a barriga roncando.
-
Cuidado, Zé Mariano. Isto pode durar pouco.
-
Com as graças de Deus, não. Só queremos chuva e saúde. Quando precisar de Zé
Mariano está às ordens. Vamos aproveitar o resto da festa, gastar mais um
dinheirinho. Lá em casa a dispensa está cheia e ainda não bulimos no roçado de
milho. Vamos esperar preço. A Josefina tem um terreiro de galinhas. A turma vai
este ano que vem para a escola.
Já
arranjamos uma professora para ensinar à noite, lá em casa. Tem que pelo menos
aprender assinar o nome. Pelo dia, na roça, à noite na escola.
-
Mais como foi esse milagre, assim de um ano para o outro?
-Trabalhar pra gente mesmo, enquanto se tem
força. No ano que vem, esperamos dobrar a safra e comprar umas vacas ou uma
terrinha. O dono da terra confia na gente e é um homem até bom demais. O
algodão mocó está situado e a enxada não sai de dentro.
- Também com esse batalhão de gente...
- É sim senhor. Mais esse mesmo batalhão
vivia nu e passado fome.
- Preguiça. Aqui não queriam fazer nada.
- Era a meação coronel. A meação e os preços.
E com vão os seus rapazes?
-
Um vai se formar, em medicina, outro em direito. Vão ser dois doutores.
- Deus os ajude. Até outra vista coronel.
- Tome cuidado. Luxo não enche barriga. Quem
nasceu para cangalha, não pode usar cela.
-
Tem nada não. O pior é passar da cela para a cangalha. Por enquanto, a coisa
vai bem. A cangalha está mais macia e a carga pesando menos...
Três
anos depois, Zé Mariano já era o dono das terras. Faltava pagar um pedaço de dinheiro,
mais sem atropelo. As roças de algodão e de alimentos iam crescendo. Cavalo
para montaria e carga.
Cela,
cangalha, cangalha e cela. Os meninos do coronel não se formaram. No entanto,
gastavam mais. Queixavam-se das perseguições dos professores. Marcação com
eles. O pai não os agüentou mais. Tirou-os da faculdade. Não sabiam fazer nada,
além de ler romances pornográficos e não perdiam as festas. Dois malandros de
primeira classe. Era uma má sorte. Botou-os para trabalhar na fazenda.
Regime duro e sem apelo.
-
Mas, papai, pra que foi que botou a gente no colégio?
-
Para ser gente. Não para malandragem. Estudo não proíbe ninguém de vaquejar
gado, nem cortar de foice ou arrastar enxada. Desperdiçaram o meu suor e a
canseira de sua mãe.
Quem come e veste precisa fazer alguma coisa
de útil.
Um
ano depois, resolveram voltar à faculdade sob juramento de conclusão do curso.
O trabalho dobrado da fazenda, os calos nas mãos e o suor molhando a camisa
foram um grande remédio. E dois anos depois estavam formados, cada um cuidando
de si.
Afinal
de contas os filhos do coronel deram pra gente. Também o velho deu-lhes uma boa
lição. Os dois vadios estavam enganando os pais. Dois pilantras. Só agüentaram
um ano na marreta. É assim que se deve fazer com essa classe de malandrecos. Só
deseja boa vida e atribuírem aos mais velhos a responsabilidade de seus
desmandos.
Zé Mariano não pensava em muita leitura
para os filhos. Achava que ruim mesmo era não saber assinar o nome e ler uma carta.
Interessava-lhe, sim, que não fossem mais o que haviam sido. Não ter o que
comer e o que vestir. Pobreza mesmo e miséria. Era isso. Nunca tinha visto burro
morrer por que não era doutor. Morria quando faltava capim, quando aparecia uma
doença braba, ou de velhice. A leitura podia ser muito bonita, mas também achava
que coisa feia, era um doutor liso, pedindo benção às ticacas, sem um puto para
fazer a feira. A terra já estava comprada e paga. Comprara também as vacas do
ex-proprietário e cada filho possuía pelo menos uma cabra. Era um bom começo
para quem havia saído do eito e da meação.
A família vivia unida com se todos fossem um
só. O que era de um, era de todos. Dez filhos homens e oito mulheres já exigiam
uma casa maior. E a casa foi sendo ampliada. Primeiro um salão para os homens e
depois mais divisões. Da propriedade, onde não era lavoura, eram pastos para os
bichos. O açudeco já havia sido aumentado para guardar água para o ano todo. As
cercas reformadas e enfim, uma propriedade pequena, mas, bem ajeitada e
rendosa. Fazia gosto ver à hora do almoço e da ceia, o mesão contornada de gente. O rosto bonito
das meninas e a musculatura da rapaziada. Era uma turma igual no comportamento,
parecendo até que haviam sido tudo de uma fornada só.
Aos
domingos e dias santos apareciam visitas. Rapazes e moças das vizinhanças ou da
cidade. Para Zé Mariano e Dona Zeferina, aqui já estava cheirando a namoro e a
casamento. Precisavam ter cuidado. E certo dia Zé Mariano reuniu a turma para
uma conversa séria.
- Já tem aí rapazes e moças que talvez estejam
pensando em namoro e casamento. Ninguém vai impedir bem se vê. Tudo tem o seu
tempo. Apenas queremos pedir uma coisa e explicar outra. Vocês vivem aqui como
Deus é servido, mas todos em harmonia. Se não se tem muito, mas se tem o
necessário. A gente vive feliz e se houvesse mais filhos seria do mesmo jeito. Gostaríamos
que ninguém saísse. Mas isso é difícil, quando já se está moça ou rapaz. E
então, só pedimos uma coisa. Escolham, não pela cara, mas pela raça, gente de
boa família. Pelo menos o erro será menor. E não custa consultar pai e mãe. A
gente tem mais experiência, riqueza também não é qualidade. É lógico que sendo
bom e afortunado, será melhor, mas não é o essencial. Casamento quando não da
certo é a pior desgraça que pode acontecer a uma pessoa. Um casamento certo é
assim como uma planta sem espinhos. Errado, é uma touceira de urtiga. Incomoda
a vida toda. É preciso escolher pela raça, para não se pegar com um cavalo
chotão ou uma mula manhosa...
*
Este conto pertence ao livro “Vidas Nordestinas”, no prelo.